Na última terça-feira (12), o Poder Legislativo de Rosário do Sul realizou uma audiência pública, especialmente destinada à categoria dos professores, para tratar assunto relativo à Reforma Estrutural do Estado e suas consequências aos servidores públicos estaduais. A audiência foi solicitada pela Comissão de Educação, Cultura e Assistência Social.

Estiverem presentes os vereadores Jair Mendes (MDB), Rogério Ustra (MDB) e Maria Eugênia Dutra (PDT). Dando início ao debate, o vereador Mendes, presidente da Comissão, destacou ser contra a reforma. “Sabe-se da grave crise que atravessa o Estado, não pode ser paga com o suor de quem já se dedicou ao serviço público e de quem está se dedicando. Tem outras formas de se buscar alavancar recursos para tentar tirar o estado da crise, seja da Lei Kandir, do combate à sonegação, enfim de todos os outros instrumentos”, explanou o parlamentar.

Logo após, a professora e presidente do Centro dos Professores do Estado Rio Grande do Sul (Cpers), Helenir Aguiar Schürer, apresentou pontos da reforma que prejudicarão os professores. “A primeira coisa que queremos chamar atenção é que o governo tem dito que vai pagar o piso, precisamos desmontar esse mito (…). O que falta [para pagar o piso] eles vão tirar dos triênios e vão colocar no nosso salário, que agora é chamado de subsídio. É o que já tem em nosso contracheque e nós mesmos vamos pagar o piso, na verdade”, explicou. A professora solicitou que os vereadores conversem os deputados. “Acho que Rosário é pé quente, todas as vezes que vocês fizeram a pressão, tiveram vitória”, ressaltou. Outros pontos da reforma também foram elencados pela professora para embasar o debate.

“Nós não vamos aceitar esse projeto (…). Às vezes as pessoas acham que gostamos de fazer greve. Posso dizer sem medo de errar, em nome de todos os meus colegas, o que mais queríamos é não precisar de greve. Porque se estamos na escola com um salário de R$ 630 pra 20 horas é porque amamos o que faz (…)”, destacou a professora.

Paralisação na rede estadual

Conforme deliberação do Conselho Geral, nesta quarta-feira (14) houve paralisação total da categoria na rede estadual de ensino. Em Porto Alegre, professores a Praça Matriz para protestar contra a proposta do Governo do Estado.

Reportagem: Larissa Hummel / Gazeta de Rosário
Fotos: William Lindemaier