Na manhã do último sábado (25) aconteceu, em Rosário do Sul, uma palestra que abordou sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA), com o neurologista infantil Luciano Hartmann. A ação é promovida pela Singular -Clínica de Aprendizagem e Desenvolvimento e foi realizada no Teatro Municipal João Pessoa.
Com o tema “TEA: Atualizando conhecimentos”, a palestra teve início com uma apresentação histórica sobre o transtorno. Logo após, o médico explicou que TEA “é um complexo distúrbio neurobiológico do desenvolvimento, definido em bases comportamentais, com um amplo espectro de manifestações clínicas”. O que pode ser caracterizado por prejuízos na interação social, na comunicação social (verbal ou não verbal) e por padrões restritos, repetitivos e estereotipados do comportamento, de interesses e de atividades, explicou o neurologista.
O palestrante também apresentou dados e pesquisas sobre o tema. Em 2014, um levantamento realizado por uma agência americana, denominada Centers for Disease Control and Prevention (CDC), apontou que a incidência de casos de crianças autistas era de uma a cada 59. Já em 2016, o índice foi elevado para uma a cada 40 crianças, uma em 26 meninos e uma a cada 93 meninas. “Antes eu atendia um caso por semana, hoje não passa um dia sem”, comentou o palestrante sobre o aparente aumento nos casos de autismo.
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Hartmann também falou sobre as causas, que podem ser genéticas ou ambientais. Além disso, abordou alguns sintomas que podem auxiliar a identificar o transtorno, pois, de acordo com ele, em geral se manifestam nos primeiros meses de vida.
Em entrevista à Gazeta, o neurologista relatou que o objetivo da palestra foi passar informações de qualidade, e destacou que é importante falar sobre o assunto não somente no mês de abril, quando se comemora o dia alusivo ao autismo. “Cada vez se fala mais e cada vez precisa ser mais falada. É aprender sobre isso todo o ano. Porque não é só naquele mês que as crianças e essas famílias precisam ser compreendidas e respeitadas.”, disse. Outro objetivo foi esclarecer informações que circulam na internet e muitas vezes não condizem com a verdade, como a substância MMS que estava sendo vendida com a promessa de cura do autismo.
Reportagem e fotos: Larissa Hummel / Gazeta de Rosário
