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Autora rosariense lança seu primeiro livro em Florianópolis

A rosariense Cris Vazquez lançou em Florianópolis, no último dia 18, seu primeiro livro. O romance “O abismo entre nós” surgiu da união dos contos Florence e Horário – A escrita em nós, que foi finalista do Prêmio SESC de Contos 2016.

O livro é uma narrativa que conta a história de Horácio, um romancista que dialoga com a cena Rock até o final dos anos 1980, mas acabou largando o mundo da literatura e da música. Deprimido, passou a administrar a casa e acompanhar a educação dos filhos. Certo dia é interpelado num museu pela aspirante a escritora Florence, e ela lhe propõe uma troca de contos como estímulo para a escrita. A relação logo se torna afetiva para ela, mas ele reluta ao longo de 20 anos. Surge, então, a temática da sapiossexualidade, ou seja, quando o interesse amoroso nasce da admiração intelectual, e o romance se desdobra em contos, cartas, e diário, tudo muito bem fluido e coeso.

Assis Brasil, um dos grandes ficcionistas brasileiros, assina a quarta capa do livro. Segundo ele, “a autora soube enfrentar com êxito os alçapões que tragaram Florence e Horácio, construindo uma história sólida, capaz de nos levar em frente para viver momentos de descobertas intelectuais e afetivas”.

Já a orelha do romance de Cris é da gaúcha Irka Barros, que pontua: “Ao longo do livro, o embate entre Florence e Horácio transforma-se numa analogia do que ocorre dentro da cabeça de um autor. As frases que estimulam a escrita em abismo, os trechos dos diários, as críticas ácidas, correspondências e as situações de encontros e desencontros entre as personagens são ricos materiais para compreender as nuances que compõem o fazer literário”.

Cris Vazquez nasceu em Rosário do Sul, mas desde os 17 anos está longe da cidade. Ela, que fez faculdade de Letras e Direito em Porto Alegre, mora há 20 anos em Florianópolis/SC. Mesmo distante, a autora declara ter uma relação afetiva com a cidade natal, onde cultiva amigos desde a infância.

O processo de criação

Para Cris, a inspiração para escrever a obra partiu da relação de amor que um escritor tem com o processo criativo. “Acho que quem escreve sempre se pergunta: por que amo escrever? Durante a Faculdade de Letras, logo me atraí pela metalinguagem e hoje, depois de concluído um livro que a perpassa, ainda é algo que me fascina”, observa.

Segundo a autora, seu processo de criação começa de seu desejo de escrever e criar uma obra, através da inspiração de momentos vividos no seu dia-a-dia. “A inspiração surge de uma cena que a gente vê, uma lembrança que a gente tem. Você pode sentar e escrever na hora. Mas se não tiver tempo ou disposição imediatos, toma notas. Aí, sabe-se lá quando, no banho, durante uma caminhada, depois de uma corrida, a gente tira o objeto para fora e chega à sua resolução com toda a força do inconsciente, só restando escrever ou continuar aquela peça”.

Ela, que tem diversos contos publicados, declara ainda que participou de todos os trâmites para a publicação do livro, que é o seu primeiro, mas não será único. Cris pretende seguir escrevendo, e atualmente participa de um grupo de autoras que escreverá uma antologia sobre o feminino, denominado “Dessas aí”.

 Reportagem: Rhayza Moreira / Gazeta de Rosário
Foto: Divulgação

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