Na noite de quarta-feira (16) produtores rurais estiveram reunidos no Sindicato Rural de Rosário do Sul para prestigiar uma palestra sobre carrapato bovino promovida pela Inspetoria Veterinária de Defesa Agropecuária através do Programa de Educação Sanitária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento (SEAPDR).
A médica veterinária Rovaina Doyle foi a palestrante. Segundo ela, o carrapato é o principal parasito de animais domésticos, causando um prejuízo estimado em R$ 300 milhões por ano aos produtores rurais no Rio Grande do Sul. “Todo o processo de controle do carrapato deve passar por um planejamento de medidas de manejo que interrompam o ciclo biológico do carrapato tanto nos bovinos quanto na pastagem”, afirma.
Rovaina é pesquisadora do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, laboratório oficial da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento. Na palestra, foram elencados três pontos principais no combate ao carrapato bovino. Fazer a escolha correta do carrapaticida a ser usado, sempre se baseando no Biocarrapaticidograma (teste de sensibilidade dos carrapatos aos carrapaticidas), que demonstra qual carrapaticida tem melhor eficácia nos carrapatos de cada propriedade rural. Existem vários laboratórios veterinários que fazem este teste, a Inspetoria Veterinária do município pode fornecer maiores informações.
Também foi apontada a importância em saber a época correta de aplicação do carrapaticida: deve-se iniciar o tratamento contra o carrapato na primavera, quando ainda não se vê uma grande quantidade de carrapatos grandes nos bovinos. Entretanto, verificando mais de perto, já há grande quantidade de carrapatos jovens infestando os animais, alerta a médica veterinária.
Outro ponto abordado foi a adoção de medidas auxiliares de manejo, como o diferimento de campo, permitindo que os potreiros fiquem vazios por algum tempo ou roçados, diminuindo a infestação de carrapatos na pastagem, também identificar os bovinos que sempre pegam mais carrapatos que os outros e eliminá-los gradativamente do rebanho. “Também é preciso ter muito cuidado com as dosagens de carrapaticidas e formas de aplicação. Seguir sempre a informação fornecida pelo fabricante e, em caso de dúvidas, procurar orientação técnica”, salientou Rovaina.
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