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Carreata em apoio à greve dos caminhoneiros acontece em Rosário

Uma grande carreata organizada pelo movimento de agricultores e transportadores, em apoio à paralisação dos caminhoneiros no país, foi realizada na manhã desta sexta-feira (25), em Rosário do Sul.

O protesto parou por cerca de meia hora o tráfego nas ruas do centro da cidade. Mais de 100 caminhões estiveram envolvidos na carreata.

Com frases escritas nos veículos, bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Sul, o grupo, que também usou tratores, realizou um buzinaço. Eles partiram do trevo da BR 290, no km 482 – onde permanecem bloqueando a via – e percorreram a Avenida Coronel Sabino de Araújo, fazendo a volta pelo centro da cidade.

Foto: Thiago Lima / Gazeta de Rosário

Os manifestantes protestam contra o governo federal, o aumento de impostos e principalmente o preço elevado do combustível, entre outros pontos. Pelas ruas onde passavam, os motoristas eram saudados por cidadãos. Em vários caminhões foi escrito no vidro para-brisa a frase “Intervenção Militar Já”.

A paralisação em Rosário deve continuar, no trevo oeste de acesso ao município. No local, a organização do movimento serve café, almoço e janta para os participantes, sem custos. Os manifestantes aderiram ao protesto em Rosário do Sul na tarde da última quarta-feira (23), convidando a todos os motoristas que passavam no trecho para participarem do ato.

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Veículos estacionaram na região do Distrito Industrial e de um posto de combustíveis que fica próximo do trevo. Além de caminhões com cargas não perecíveis, aderiram ao movimento motoristas de caminhões tanque, que são usados para o transporte de combustíveis.

Dentre as várias faixas penduradas no local de paralisação, é possível encontrar frases como “Ou para a roubalheira, ou paramos o Brasil” e “Rosário do Sul contra o assalto”, “Sem produtor rural e sem transportes não há comida na mesa” e “Crise na lavoura, crise na cidade também”.

Um dos líderes da manifestação em Rosário do Sul, Adair Trevisiol já havia se manifestado à Gazeta quando do início dos protestos. “Essa manifestação estamos fazendo pelos caminhoneiros, agricultores e toda a população em geral. Não é só caminhoneiro e lavoureiro, todo mundo depende do combustível”, destacou.

Foto: Thiago Lima / Gazeta de Rosário

Paralisação tem reflexos em serviços

Até a manhã desta sexta-feira (25), a Gazeta apurou que havia muito pouco combustível disponível nos postos. Um deles, que fica a 4km da cidade, teria a previsão de abastecimento até por volta do meio dia de hoje.

Antes disso, nos poucos que ainda possuíam combustíveis dentro da cidade, filas grandes foram formadas por motoristas para abastecerem os veículos. Os clientes esperavam cerca de 45 minutos para o atendimento.

Já o recolhimento de lixo na cidade, que é feito por uma empresa terceirizada, foi suspenso a partir desta sexta. O problema acontece devido à falta de combustível. A Administração Municipal afirma que o depósito está lotado e não é possível fazer o transporte dos resíduos para outro município. Assim, é solicitado aos moradores da cidade para que não coloquem lixo nas ruas. Mesmo assim, a Gazeta constatou na manhã de hoje que muitos tonéis amanheceram cheios de lixo, alguns até virados e com resíduos espalhados pela rua.

Conforme já divulgado pela Gazeta, o abastecimento de produtos em supermercados também está sendo afetado. Além disso, a Corsan anunciou risco de interrupção no abastecimento de água, pois podem ficar em falta de insumos para o tratamento da mesma. Em Rosário, no entanto, a companhia garantiu continuidade dos serviços pelo menos até o fim do mês.

Reportagem e foto em destaque: Julio Lemos / Gazeta de Rosário

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