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Caso de esquartejamento de crianças encontradas em Novo Hamburgo sofre reviravolta

A investigação sobre o assassinato de duas crianças que tiveram os corpos encontrados em Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos, voltou à estaca zero, segundo a Polícia Civil. Em primeiro momento, o crime era apontado como parte de um “ritual satânico”, realizado por um grupo de pessoas que já estava preso preventivamente. Dentre os acusados estava um rosariense, apontado como o homem que realizou os procedimentos macabros e chamado de “bruxo”. A história foi amplamente divulgada na mídia estadual e nacional.

Nesta quarta-feira (7), a Polícia Civil de Novo Hamburgo confirmou que uma das testemunhas, considerada chave para a investigação, admitiu que mentiu ao depor. Ela afirmou que teria sido coagida a dar o depoimento que levou a investigação na direção de um suposto ritual encomendado por dois empresários para atrair prosperidade aos negócios.

O dito “bruxo” suspeito de realizar o sacrifício das crianças é rosariense e foi preso no último dia 27 de dezembro. Conforme informações divulgadas pela GaúchaZH, Sílvio Fernandes Rodrigues, 44 anos, prestaria os serviços relacionados a “pactos de amor” e prosperidade no trabalho. Na época da reportagem, o filho de Rodrigues havia se manifestado à ZH e negado que o pai tenha cometido crimes, afirmando que ele seria vítima de perseguição religiosa.

A polícia, agora, aguarda uma decisão judicial em relação aos cinco suspeitos presos e aos outros dois foragidos. O inquérito foi prorrogado em janeiro por 60 dias. Na época do primeiro desfecho do caso, o delegado Moacir Fermino disse ter tido “revelações divinas” de profetas, que apontaram inclusive quem deveria ser ouvido na investigação.

As crianças foram encontradas em setembro de 2017, esquartejadas, no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo. Segundo a perícia, os corpos são de um menino, entre 8 e 9 anos, e de uma menina, entre 10 e 12. As crianças seriam irmãs apenas por parte de mãe. Há a suspeita de que elas sejam argentinas.

Foto: Polícia Civil / Divulgação

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