A tempestade que atingiu Rosário do Sul na madrugada de quinta-feira (19) mudou a rotina da cidade. A população foi acordada por volta das 3h, com o som do granizo caindo, aliado à forte chuva e às rajadas de vento. Após o susto, restou o cenário de destruição em todo município. Felizmente, não há registros de pessoas feridas, porém os danos foram extensos. Segundo a Defesa Civil de Rosário, cerca de 350 casas foram destelhadas e o município decretou Situação de Emergência para buscar auxílio junto aos Governos Estadual e Federal.
O alerta de risco de temporal com perigoso grau de severidade havia sido emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMet) ainda na quarta-feira (18), quando o evento climático chegou na região, por volta das 11h, e permaneceu até às 23h59 de quinta-feira. O órgão previa que a chuva atingiria entre 30 e 60 mm por hora ou 50 e 100 mm por dia, com ventos intensos de 60 a 100 Km/h, além de queda de granizo.
Em Rosário do Sul, a previsão se confirmou. Segundo a estação particular Climarosul, que fica na zona sul da cidade, os ventos tiveram rajadas de até 110 km/h, por volta das 02h20. Não é descartada, no entanto, a possibilidade da velocidade ter sido superior em outros pontos do município. Quanto à precipitação, até a manhã de sexta-feira (20), tinha um acumulado de 86,6 mm, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
O Corpo de Bombeiros começou a receber chamados às 3h de quinta-feira, quando uma casa foi destelhada na Rua Leonino Fonseca, no bairro Centenário. Pelo menos outras 17 ocorrências foram registradas na sequência, incluindo a quebra de um vidro pelo vento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Caridade Nossa Senhora Auxiliadora, às 3h50.
A Defesa Civil do município está colocando em prática um plano de prevenção imediato, atendendo às residências com lonas, que devem ser paliativas. Com o Decreto de Situação de Emergência, espera-se a ajuda dos Governos Estadual e Federal, após homologação e reconhecimento do pedido. “Após esses procedimentos e a apresentação dos planos de resposta, eles podem auxiliar com telhas, com cestas básicas, com material de higiene e possivelmente com tijolos, que são mais difíceis de conseguir”, declarou o coordenador da Defesa Civil de Rosário, Iran Najar.
