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Chuvas, estradas do interior e armazenamento de grãos preocupam produtores rurais de Rosário do Sul

Neste ano, a produção de soja em Rosário do Sul foi de 35 mil hectares, como aponta o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar de Rosário do Sul. Desse montante, 55% já foram colhidos e a capacidade de armazenamento nos silos locais está perto de atingir o limite.

Segundo o proprietário da PGA Comércio e Transportes Ltda, Paulo Antoniazzi, os silos da empresa – que recebe e armazena até um milhão de sacas, já atingiram 90% da capacidade total.

Além da soja, também são armazenadas as safras de arroz e milho. Segundo a Emater de Rosário, foram plantados 20 mil hectares de arroz (98% já colhidos) e 2,5 mil hectares de milho (45% já colhidos).

Parte da safra de soja é encaminhada ao Porto de Rio Grande para exportação. Contudo, com as fortes chuvas os navios não tem autorização da Marinha do Brasil, Praticagem da Barra e Autoridade Portuária para trafegar. Fator que engessa o processo escoamento.

Foto: Coopermil/Divulgação

Antoniazzi ainda explica que o Porto de Rio Grande emite cotas, diariamente, do número de cargas que devem sair dos municípios até Rio Grande. Quando o nível do canal e o calado estão em condições limites, os navios ficam atracados no porto e as cargas não possuem liberação para deixar as cidades. “É um efeito dominó. Um problema desencadeia outros”, afirma.

Outro aspecto que contribui para a problemática é o valor da saca. Com o preço abaixo dos R$ 60 em abril, o grão está sendo colhido e armazenado – exceto o volume negociado em contratos fixados no ano passado.

Segundo relatório da Emater, de 2014, o município de Rosário possui capacidade para armazenar 310 mil toneladas de grãos.

A situação nas estradas do interior

Não é novidade a situação das estradas no interior de Rosário do Sul. Com a chegada da safra, são necessários reparos nas vias de maior trânsito. O secretário municipal de Obras, Adriano Dorneles afirma que todas as estradas foram patroladas. “Demos acesso a todas as localidades do município, mas priorizamos aquelas que possuem maior número de produtores e trafegabilidade”, explica o gestor da pasta.

Dorneles ainda afirma que desde o início da gestão, a secretaria pôde trabalhar cerca de 45 dias, em virtude das chuvas. “O tempo não ajuda e também temos limitações estruturais, mas não deixamos de atender ninguém”.

O maquinário da Prefeitura Municipal é composto por cinco patrolas, três caminhões, três retroescavadeiras e três carregadeiras.

Uma das regiões afetadas é a estrada que dá acesso à localidade de São Lourenço (foto), entre Rosário do Sul e Cacequi, conforme leitores relataram à Gazeta. Na via, caminhões carregados de grãos chegam a ficar horas atolados, precisando do auxílio de tratores para conseguirem seguir viagem.

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