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Chuvas fortes provocam transtornos e alagamentos

As fortes chuvas que caíram sobre Rosário na semana passada provocaram transtornos e prejuízos aos moradores. Em fevereiro os índices chegaram aos 93.5 milímetros na cidade. Algumas regiões enfrentam problemas de deslocamento e alagamentos, desde então.

A moradora da Rua Flores da Cunha, Eva Xavier Flores, relata a situação de mal-estar causada pelo trasbordo do esgoto sanitário. “Sempre que chove muito nós temos que ficar trancados em casa com tudo fechado, o mal cheio é insuportável”, afirma a dona de casa. Os moradores e empresários da Rua General Osório, próximos a rotatória que faz cruzamento com a Rua Marechal Floriano, também sentem o problema. Desde a última quinta-feira (2), o esgoto escorria a céu aberto.

A chefe de unidade da Companhia Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) no município, Mônica Mallmann, explica que o caminhão de esgotamento é compartilhado com as unidades da região e, por esse motivo, a demora nos reparos. “Às vezes temos que esperar uma semana ou mais até o caminhão chegar. Quando ele está na cidade fazemos todos os reparos dos quais temos conhecimento”.

Os transtornos causados pelas chuvas não afetam somente a rede de esgoto pluvial ou cloacal. Muitas pessoas sofrem com as condições de ruas e estradas alagadas. O morador da Rua Lagoa Saquarema, Tiago Schofer, fala sobre o descaso com sua rua há, pelo menos, 16 anos. “A situação está ficando insustentável. Um rapaz caiu esses dias, machucou o joelho e quebrou a moto, outro senhor torceu o pé. Sem falar nos clientes das lojas que já nem estacionam mais na rua”, conta o morador.

Esgoto escorre pela Rua General Osório pelo excesso de chuvas. Foto: Enviada pelo leitor

A situação é ainda mais complicada em algumas áreas no interior do município.  Neny Oliveira conta que no Caverazinho, no 3º Distrito do Caverá, as estradas ficam interditadas. “É um descaso com os moradores da campanha. Em uma situação grave não conseguem sair de lá”, alerta.

Conforme o Clima Rosul, que possui estação climática na zona sul da cidade, em 2017 os índices de chuva chegam aos 256.8 milímetros na cidade. No mesmo período, em 2016, choveu 171.4 milímetros.

Falta de verbas para maquinário

De acordo com a Secretaria Municipal de Obras o problema principal é a falta de verbas para maquinário. Para o secretário da pasta, Adriano Dornelles, o problema existe e é visível, mas a Administração Municipal trabalha com as condições que possui. “Em longo prazo queremos resolver, se não todos, a maioria dos problemas das ruas, mas em curto prazo estamos atuando nas áreas mais críticas”, afirma.

Para o secretário municipal de Obras e Rodagem, Pedro Albano, o principal problema também é o maquinário. Ele afirma que a frota é composta por quatro caminhões, cinco patrolas e quatro retroescavadeiras, sendo que apenas duas retroescavadeiras e uma patrola estavam funcionando. Os outros veículos estavam na oficina. “Nossas máquinas são antigas e precisam de reparos com muita frequência. Mas estamos trabalhando nos pontos críticos. Já estamos trabalhando no Campo Seco e Farrapos. O próximo ponto é o Caverazinho”, afirmou ele na semana passada.

Moradora reclama de condições precárias da R. General Câmara

Na Rua General Câmara, Bairro Planalto, as condições de trafegabilidade após as chuvas também dificultam a rotina dos moradores. Alguns incidentes se tornam frequentes, conforme uma moradora que preferiu não se identificar.

Formação de grandes buracos dificulta o trânsito. Foto: Enviada pelo leitor

A leitora relata que a rua nunca recebeu assistência e que após as chuvas desse ano só piorou. “Já cansei de entrar em contato com a secretaria. Não queremos asfalto, mas ao menos uma patrola tem que passar aqui. Eu não consigo nem estacionar meu carro na garagem.”, salienta. Segundo ela, um carro ficou preso em uma das valas. “Acordei com aquele barulho forte, sem contar que temos uma deficiente visual na rua. É um transtorno. Outra vizinha está sempre caindo pelas péssimas condições”, desabafa.

O secretário municipal de Obras, Adriano Dornelles, reafirmou que o trabalho será realizado nos pontos mais críticos da cidade. Ele ressalta que a pasta pretende atender as reclamações mais pertinentes nesse primeiro momento. “Enquanto chover não podemos fazer nada. E nossa frota é antiga, trabalhamos com as condições que temos”, conclui.

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