Aquela câmera digital que você não usa mais, o celular que foi substituído por um modelo mais moderno e as pilhas velhas do controle remoto precisam desocupar espaço nos armários? Em Rosário do Sul, uma ação de recolhimento de resíduos do gênero acontece na próxima quarta-feira (17), na Praça Borges de Medeiros, das 09h às 18h. Com o alto consumo de equipamentos eletrônicos, o descarte desses materiais se torna um problema ambiental. A iniciativa é uma parceria da Secretaria Municipal de Agricultura com a empresa de coleta de lixo eletrônico e resíduos industriais Natusomos.

Segundo o secretário da pasta, Luzardo Foletto, a intenção é que a coleta aconteça outras vezes. Contudo, é necessário verificar a disponibilidade da empresa em se deslocar até Rosário. “Durante a ação do dia 17 já vamos tentar pré-agendar uma nova visita”, afirma. Ele ainda ressalta que os equipamentos terão que ser entregues na praça, não haverá busca domiciliar.

O descarte inadequado dos aparelhos pode contaminar o solo, a água, o ar e as plantas com metais pesados. Conforme dados do Programa Ambiental das Nações Unidas, cerca de 94% dos materiais contidos nos aparelhos eletroeletrônicos podem ser reciclados.

O lixo eletrônico consiste em quaisquer eletroeletrônicos, como: celulares, aparelhos de som, monitores, aparelhos DVD, videocassetes, entre outros. Já a “linha branca” do lixo eletrônico é caracterizada por máquinas de lavar roupas e louça, chuveiros, geladeiras, fornos elétricos, etc. Todos podem ser entregues na Praça Borges de Medeiros.

A Natusomos é uma empresa de Horizontina que faz recebimento de resíduos, desmonte e descaracterização. Após, o material é encaminhado para usinas ou empresas para reciclagem.

Prédio é usado como depósito temporário

O prédio que já foi sede da Brigada Militar, localizado na Rua Amaro Souto – esquina com a Rua Garibaldi Silva é utilizado pela Prefeitura Municipal para o descarte de eletroeletrônicos atualmente.

Ao falar sobre a questão, Foletto explica que o município se propôs a recolher o lixo da comunidade. Quando a sala na qual os aparelhos eram depositados ficou cheia, a administração passou a usar o interior do prédio como depósito. “O depósito temporário é do lixo eletrônico que a comunidade leva na prefeitura”, salienta.

Ainda de acordo com o secretário, o máximo de itens será repassado para a Natusomos. A prefeitura avalia a possibilidade de um novo local para depósito, até que uma nova ação de coleta aconteça.

Foletto pede que a comunidade não abandone esse tipo de item a céu aberto. “Se não puderem levar até a prefeitura que guardem em local seguro até a data da coleta”. Ele relembra que antes da administração recolher o lixo eletrônico, ele era deixado na entrada da cidade e outras vias de acesso.

A questão teve repercussão nas redes sociais, após publicação de um cidadão, que gerou mais de 200 compartilhamentos entre uma postagem de fotos e de um vídeo. Ele criticou o fato dos equipamentos descartados estarem depositados no pátio do prédio. No mesmo dia da primeira reclamação, feita na segunda-feira (08), funcionários da Prefeitura estiveram no local para reorganizar o material, cobrindo com lona uma parcela e a outra sendo guardada no interior do prédio.