Na sessão legislativa desta segunda-feira (4) os vereadores aprovaram por unanimidade a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades na compra de peças e manutenção de veículos da Prefeitura de Rosário do Sul.  As denúncias de possíveis irregularidades foram divulgadas pela Gazeta de Rosário em janeiro deste ano.

O vereador proponente da instauração é o vereador Rogério Ustra (MDB). Conforme o documento de requerimento da CPI, as investigações baseiam-se em informações prestadas pelo Poder Executivo aos vereadores Jair Mendes (MDB) e Glei Pacheco (PDT) e também pela manifestação divulgada nas redes sociais da Prefeitura no dia 9 de abril referente a processos administrativos, sobre contratação de serviços e produtos para atendimento da frota de veículos.

Farão parte da comissão os vereadores Álvaro Gonçalves (PR), Elisandro Paz (PP), Rogério Ustra (MDB) e Glei Pacheco. Nos próximos cinco dias devem ser definidos os cargos de cada membro e logo após começam as investigações. A CPI terá o prazo de funcionamento estabelecido de 60 duas úteis, prorrogáveis em mais 30, para apresentar conclusões.

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“A bancada do PTB preferiu não participar até para que, aqueles que vão investigar, não dizerem que a bancada do PTB está atrapalhando. Todos os vereadores da situação assinaram o requerimento para abertura da CPI”, manifestou-se o vereador Leonardo Vargas (PTB).

“Já é de conhecimento da população essa questão em relação essa possível irregularidade (…). Essa comissão se deterá à fiscalização, que é uma das atribuições a nós vereadores e que poderá servir de base, se assim for constatada a irregularidade, para que outros órgãos apresentar denúncia contra algum administrador ou servidor público”, disse Jair Mendes (MDB).

Relembre

Em janeiro deste ano, a Gazeta de Rosário noticiou sobre possíveis irregularidades em consertos de máquinas e de veículos do município de Rosário. O caso envolvendo a compra de peças para uma ambulância do município que se envolveu em um acidente em agosto de 2019. O veículo que continua sem manutenção, apesar de haver registro de empenhos por parte da prefeitura para aquisição das peças. As compras totalizam mais de R$ 20 mil.

Em 30 de março, a RBS TV exibiu uma reportagem sobre o assunto e também fez outras denúncias envolvendo máquinas que poderiam ser usadas em obras nas estradas, veículo escolar sem manutenção e também a denuncia o pagamento de diária a uma técnica de enfermagem meses após o acidente da ambulância citada anteriormente.

Na reportagem divulgada pela Gazeta em janeiro desse ano, a assessoria de imprensa da prefeitura afirmou que a compra das peças para a ambulância não tinham ligação com o acidente do veículo. Segundo o órgão, elas foram adquiridas para uma manutenção anterior, que teria sido realizada devido à urgência de manter a ambulância em funcionamento. Porém, por razão de questões burocráticas, o registro do empenho se deu posteriormente.

Para o conserto do veículo após o acidente, o Executivo informava que um engenheiro mecânico estava sendo licitado para fazer o laudo das condições da ambulância. Em novo contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura no dia 31 de março, a Gazeta foi informada que o profissional em questão já foi contratado e deveria realizar o laudo da ambulância naquela semana.

Fotos: Rogério Ustra / Divulgação