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Construtora que não concluiu obras em Rosário do Sul tem bens bloqueados

A construtora Ampar, suspeita de estelionato por não concluir obras de imóveis vendidos, teve seus bens bloqueados pela Justiça do Rio Grande do Sul. A empresa chegou a começar construções em Rosário do Sul, além de também atuar em Santa Maria e outras cidades da região.

O bloqueio de bens da construtora ocorreu após pedido da Polícia Civil, que desencadeou operação em Santa Maria, onde a empresa lançou 11 empreendimentos. A decisão foi tomada pelo juiz Leandro Sassi, da 2ª Vara Criminal da cidade, e atinge também o presidente da Ampar.

A construtora tem sede em Porto Alegre, mas atua em todo o estado. Em Santa Maria, seriam quase 800 casas construídas. Dessas, apenas 30 estavam com a documentação em dia, e nenhuma foi entregue aos compradores, segundo a polícia. A decisão da Justiça foi retratada em reportagem da RBS TV veiculada na segunda-feira (30).

No mês passado a Polícia Civil deflagrou operação que revelou as supostas fraudes praticadas pela empresa. Em cumprimento de mandados de busca e apreensão, os agentes encontraram 140 contratos de compra e venda nas sedes da construtora. Somente em Santa Maria, 60 pessoas já registraram ocorrência contra a Ampar.

Segundo o delegado responsável pela investigação, Antonio Firmino de Freitas Neto, em entrevista à RBS, “a quantidade de bens sequestrados é suficiente pra reparar os prejuízos das vítimas”. O inquérito corre em segredo, por ordem da Justiça.

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Também em contato com a RBS, o escritório de advocacia que defende a empresa diz não ter conhecimento da última decisão da Justiça. Os advogados disseram ainda que trabalham para provar que esse não é um caso de estelionato, e que buscam transferir o processo para a esfera cível.

Entenda o caso

A operação policial foi deflagrada em Santa Maria no último dia 26 de junho e as acusações envolvem a empresa Ampar. Seus donos são suspeitos de vender imóveis em áreas irregulares, não entregar a obra e não devolver o dinheiro para os compradores.

Dentre as cidades em que a empresa atuou, está Rosário do Sul. No município, a promessa era da construção de um condomínio residencial com 58 moradias. Os imóveis poderiam ser comprados na planta, com preço a partir de R$ 99.990.

As casas estariam sendo erguidas no município sem a autorização da prefeitura, por falta de documentação. As obras começaram em fins de 2016, mas foram interrompidas ainda no início da construção. Atualmente, apenas os alicerces dos futuros imóveis podem ser vistos no local.

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