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CPERS debate situação da educação e da greve em Rosário do Sul

Assim como no restante do Estado, professores e funcionários de escolas da rede estadual de Rosário do Sul estão em greve desde o dia 11, em protesto contra o parcelamento salarial por parte do governo de José Ivo Sartori (PMDB). Na tarde da última sexta-feira (22), o CPERS Sindicato e a Escola de Ensino Médio Plácido de Castro realizaram uma plenária para debater com a comunidade os rumos da situação e da educação.

A greve foi anunciada em Rosário durante os desfiles da parada cívica, no feriado de 7 de setembro. Das escolas estaduais do município, apenas três não aderiram de maneira total ao protesto. Nestas, somente alguns professores estão em greve. Segundo o CPERS, cerca de 80% dos professores da cidade estão paralisados.

Durante a plenária, realizada nas dependências da Escola Plácido de Castro, a diretora da instituição, Juliana Kich, explanou sobre a situação e garantiu aos pais e alunos presentes que, apesar de ainda não ter expectativas para o fim da greve, o ano letivo não será prejudicado.  A professora e membro do Cpers, Rosenara Martins, explicou aos presentes sobre a importância do protesto e os motivos que levaram a classe a tal medida. Segundo ela, desde que entrou no magistério, há 27 anos, greves vem acontecendo, mas nunca por um motivo tão grave quanto o de agora. Para a professora, mexer com o salário dos professores é mexer com o futuro da educação, ou seja, com o futuro do país.

Desde o início da greve, os servidores da educação já conquistaram algumas das reinvindicações feitas, como por exemplo a retirada do Projeto de Lei 148 da pauta de votações da Assembleia Legislativa. O texto altera a Lei nº 9.073/90, que dispõe sobre a dispensa de servidores da Administração Pública Direta e Indireta para o exercício de mandato eletivo em confederação, federação, sindicato, entidade ou associação de classe. Além disso, a Justiça do Rio Grande do Sul determinou, recentemente, que os servidores que estão com os salários atrasados, ou parcelados, poderão paralisar os serviços sem que haja desconto salarial.

Paulo Conterato, diretor do 23º Núcleo do CPERS, enfatizou a importância da comunidade escolar estar consciente do que motivou a situação de greve. Já Juca Sampaio, membro da direção do CPERS, explanou sobre diversas conquistas da classe através de greves, como o plano de carreira e o 13º salário.

Nesta segunda-feira (25), o CPERS de Rosário realizou mobilização na Escola de Ensino Fundamental Marçal Pacheco, que deve voltar a acontecer a partir das 9h30 dessa terça-feira (26), seguida de plenária, às 18h, na Escola de Ensino Fundamental Emília Prates. Já na quarta-feira (27), as mobilizações devem acontecer na Câmara de Vereadores, às 9h30, e em diversas escolas da cidade, a partir das 14h30. Por fim, na quinta-feira (28), às 14h30, deve ocorrer uma caminhada pela educação, com participação de educadores, pais e alunos, com concentração na Praça Borges de Medeiros. O CPERS de Rosário ainda pretende participar de Assembleia Geral em Porto Alegre na sexta-feira (29), que irá avaliar a mobilização da categoria.

PAGAMENTOS – Na manhã dessa segunda-feira (25), o governador Sartori anunciou que irá priorizar o pagamento dos salários com valores mais baixos. Ele disse que, anteriormente, uma série de decisões judiciais impediam que o Executivo adotasse a medida. Neste mês, porém, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) encontrou uma brecha para adotar a iniciativa. Sartori também afirmou que, nesta semana, será encaminhado à Assembleia a proposta para o Estado aderir ao Regime de Recuperação Fiscal da União. Com isso, a disponibilidade de recursos no caixa do Estado no último dia do mês determinará o número de servidores que receberá o vencimento na íntegra prioritariamente. O governador também anunciou que, por sua determinação, o seu salário, do vice e dos secretários serão os últimos a serem pagos.

Fotos: Rhayza Moreira / Gazeta de Rosário

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