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CPERS realiza mais um ato contra o parcelamento salarial em Rosário do Sul

Professores e funcionários membros do Cpers Sindicato de Rosário do Sul manifestaram-se nesta segunda-feira (4) contra o parcelamento salarial do mês de agosto realizado pelo governo do estado. Uma panfletagem para conscientização da população foi feita durante a manhã em frente ao Banrisul.

No dia 1º o Governo estadual parcelou pela 21ª vez o salário dos funcionários estaduais, pagando apenas R$ 350 a cada matrícula. Neste mesmo dia, membros do CPERS e professores registraram ocorrência na Delegacia de Policia de Rosário do Sul contra o parcelamento.

Na manifestação desta segunda, entre os panfletos distribuídos pelo sindicato estava o “Aula Cidadã”, onde o Cpers apresenta o que ocorre hoje com a crise do Estado do RS. O mesmo material está sendo apresentado em sala de aula para os alunos.

A escolha do local para o protesto é devido aos juros que têm sido cobrado pelo Banrisul, que leva os servidores a uma reação em cadeia de dívidas. Sem receber a integralidade dos seus salários, estes necessitam fazer empréstimos e usar seus limites no banco. Somados aos juros e dívidas, a situação tem se agravado a cada mês que passa, desde 2015. O servidor acaba acumulando dívidas e pagando juros para integralizar seu próprio salário.

A manifestação durou até às 11h30 da manhã e teve grande participação de servidores estaduais, inclusive de áreas fora da educação, simpatizantes da causa.

A manifestação teve grande participação de servidores estaduais, inclusive de áreas fora da educação, simpatizantes da causa

Onde tudo começou

Segundo panfleto distribuído pelo CPERS, o que mais impacta o balanço do Estado são gastos com o pagamento da dívida pública. “Ela começou a ser contraída em 1950 para financiar a construção de estradas. No começo da década de 1970, somava R$ 1,7 bi, porém não pesava nos cofres, pois o valor não era corrigido. No governo militar, o Estado fez diversos empréstimos para financiar o milagre econômico e em 1975 a dívida já estava em R$ 6,17 bi”, relata o texto.

Segundo o CPERS, após o plano Real, em 1994, com o aumento dos juros, a dívida saltou para R$ 45,86 bi, quando o estado, governado por Antônio Britto (PMDB), fez um acordo com a União, de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), para que este pagasse a dívida. “Em troca, o RS deve devolver o valor em 30 anos, com juros de 6% ao ano mais o IGP-DI, índice que cresceu 247,7% em seis anos. O acordo é péssimo: mesmo pagando sem atrasos, a dívida cresce”, explicam.

Fotos: Julio Lemos / Gazeta de Rosário

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