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CPERS realiza manifestação contra fechamento da EJA em Rosário do Sul

Professores e servidores de escolas estaduais de Rosário do Sul, acompanhados de lideranças do CPERS Sindicato, através do 23º Núcleo, realizaram no dia 1º de abril uma carreata em protesto contra a decisão do governador Eduardo Leite (PSDB) de fechar turmas iniciais da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e demitir servidores de escolas estaduais, além de remanejar outros. O sindicato espera reverter a decisão mesmo que judicialmente.

Conforme o CPERS, o fechamento das turmas acarretará na extinção da EJA em escolas estaduais, medida que já vem sendo aplicada pelo Estado. Em Rosário do Sul as únicas duas escolas estaduais que contam com a EJA, Bartelle e Nossa Senhora do Rosário, tiveram demissão de servidores e também fechamento de turmas iniciais tanto no ensino fundamental como no médio. Com cartazes e bandeiras, o grupo saiu em carreata pelas ruas da cidade a fim de alertar a população sobre as medidas.

Até o ano passado, Rosário do Sul possuía três escolas com a EJA, no ensino fundamental no Marçal Pacheco e Nossa Senhora do Rosário e para o ensino médio no Padre Ângelo Bartelle. O governo Leite extinguiu a EJA do Marçal e parte dos alunos foi realocada no Nossa Senhora do Rosário.

Neste ano, do Nossa Senhora do Rosário, por determinação do Estado, foram extintas as turmas de Alfabetização 1 e 2, que equivalem ao terceiro e quarto ano do ensino fundamental. Uma parte dos alunos foi remanejado para a Alfabetização 3. A escola perdeu as turmas de ingresso para quem quer reiniciar os estudos ficando só com as turmas 3, 4, 5 e 6. Os estudos na modalidade remota ocorrem pelo turno da noite.

No Padre Ângelo Bartelle a situação é parecida. Única a proporcionar a conclusão do ensino médio na modalidade EJA, o educandário possuía 9 turmas. Conforme a diretora Cristiane Soares, foram fechadas 3 turmas da totalidade 7 (correspondente ao ano inicial do ensino médio), duas turmas de totalidade 8 (segundo ano) ficando agora apenas uma turma e fechada uma turma da totalidade 9, correspondente ao terceiro ano do ensino médio.

Com isso o educandário que já tinha 53 alunos inscritos na pré-matrícula de janeiro fica sem vagas disponíveis para o ingresso no EJA. Cristine destaca que no início do ano letivo costumeiramente o número de inscritos dobra dos da pré-matrícula.

Em entrevista à Gazeta de Rosário, a Diretora do 23º Núcleo do CPERS, Adriana De Leon, falou a respeito da manifestação e assegura que o sindicato irá até as últimas consequências para reverter a decisão. “Mais uma vez é a política de governo de entregar à iniciativa privada a educação. Estamos aqui também pela questão de demissão de funcionários. Queremos saber que critérios usou para demitir funcionários aqui em Rosário e para fazer alteração. Foi feito troca de funcionários sem que ninguém soubesse e não se desse nenhuma explicação para isso até agora”, disse Adriana.  Concluindo, ela assinalou que o CPERS é contra o retorno de aulas presenciais enquanto os educadores, alunos e comunidade não tiver sido toda vacinada contra o Covid-19.

A Professora Cristiane Soares, do Bartelle, pediu apoio da comunidade em geral para a continuidade do ensino gratuito. “Este ano não foram abertas as vagas da primeira turma então mais de 50 alunos ficaram sem poder terminar seus estudos ou iniciar no ensino médio, sobrecarregando outras escolas que oferecem e causando demissão de funcionários e remoção de professores para outras escolas. Então a gente pede a colaboração da comunidade, apoio para que a EJA fique e que o governo reveja esses fechamentos”, disse a professora.

Uma reunião do CPERS Sindicato com a 19ª Coordenadoria Regional de Educação estava prevista para esta terça-feira (6) para tratar do assunto. Até o fechamento desta notícia não havia informações referentes ao que foi decidido.

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