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CPERS Sindicato decide pela continuação da greve dos servidores da educação do estado

A greve das escolas da rede estadual já dura mais de 20 dias e deverá continuar sem previsão para acabar. Durante Assembleia Geral, em Porto Alegre, o CPERS Sindicato, decidiu na manhã desta sexta-feira (29), dar continuidade ao manifesto.

A decisão ocorre um dia após o anúncio de que o governo estadual pagaria nesta sexta, somente os salários até R$ 1.750, o que contempla 40% do funcionalismo. No caso dos professores, maior categoria do serviço público, isso representa a quitação para 47% das matrículas. Os demais salários deverão ser pagos até o dia 17 do mês de outubro.

Alunos e pais apoiaram o ato dos professores. Fotos: Rhayza Moreira / Gazeta de Rosário

Nesta quinta-feira (28), cerca de 200 pessoas, entre pais, alunos, professores e funcionários de escolas estaduais de Rosário do Sul realizaram um ato de protesto na Praça Borges de Medeiros durante a tarde. Após a reunião dos manifestantes na praça, eles saíram em caminhada pelas vias do centro da cidade, até a Praça do Estudante.

Segundo informações do 23º núcleo do CPERS, o objetivo do protesto foi levar ao conhecimento da comunidade e comércio em geral os motivos desta greve, que são o fim do parcelamento ou atraso do pagamento salarial, a retirada dos projetos de leis que atacam toda a categoria na Assembleia Legislativa e o fim do parcelamento do 13º salário, entre outros. No município, 70% dos professores estaduais permanecem em greve.

Manifestantes protestaram contra o Governo de José Ivo Sartori. Fotos: Rhayza Moreira / Gazeta de Rosário

Segundo Paulo Conterato, diretor de núcleo do CPERS, a classe se manifesta contra o escalonamento dos salários, pois o vê apenas como uma manobra política por parte do Governo de José Ivo Sartori (PMDB) para evitar ações judiciais. “Este governo agora não está parcelando, mas está atrasando o salário. Para não ser atraso, o empregador deve fazer o pagamento até dia 05 de cada mês e o governo vai terminar de pagar nosso salário dia 17 de cada mês”, ponderou Conterato.

Até o fim da greve o CPERS deverá seguir com atividades relacionadas à situação. Estas são decididas durante reuniões realizadas pelo Comando de Greve toda segunda-feira.

Indenização

Nesta semana o Governo do Estado divulgou que enviou à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul um projeto de lei propondo que o governo pague indenização mensal aos servidores que estão recebendo os salários parcelados desde 2015. Em anúncio na terça-feira (26), o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, afirmou que “a indenização será paga na folha do mês subsequente àquele em que ocorrer o atraso do salário e será calculada exclusivamente sobre a parcela não paga no prazo legal e por dia de atraso. A indenização relativa aos atrasos de salário retroativos, a contar de 1º de julho de 2015, será paga no mês subsequente ao da publicação da lei complementar”.

O cálculo de pagamento para esta indenização seria sobre o índice de correção mensal da poupança de 0,5%. Já os juros pagos pelo funcionalismo é de acordo a com taxa de cheque especial do Banrisul, que é de 12,12%.

Fonte: Sul21
Reportagem e fotos: Rhayza Moreira / Gazeta de Rosário

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