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CPP irá analisar suposto envolvimento de vereadores em casos de desvios de dinheiro público

Muito comentado nos últimos dias na comunidade rosariense, o áudio vazado que denuncia desvios de dinheiro público na Secretaria Municipal de Saúde foi abordado durante a primeira sessão legislativa na Câmara de Vereadores de Rosário do Sul, realizada na última segunda-feira (5). Na ocasião foi instaurada uma Comissão Parlamentar Processante (CPP) para investigar os vereadores citados na gravação.

Vereador Edmundo da Rosa é citado no áudio

No áudio, pelo menos três homens conversam sobre irregularidades cometidas por servidores do Executivo. Uma das vozes é do vereador Ademir Melo (PTB), que afirma ter ingressado com denúncia sobre funcionários da Secretaria de Saúde, que estariam desviando recursos da pasta destinados ao transporte de pacientes. Além disso, o vereador Edmundo da Rosa (PSB) é apontado na gravação como sabedor da situação, mas que estaria acobertando os casos. Um suposto uso irregular de dinheiro da pasta de Desporto e Turismo, por parte da então secretária municipal Janete Gonçalves, também foi citado.

O pedido de abertura de CPP foi encaminhado por um cidadão, para que se investigue o envolvimento e suposto acobertamento dos vereadores Melo e da Rosa em relação às irregularidades citadas no áudio. Durante a sessão ordinária de segunda-feira, o pedido foi acolhido e aprovado por unanimidade pelos edis.

A CPP será composta pelos vereadores Glei Pacheco (PDT), Rogério Azevedo (PTB) e Jair Mendes (MDB). O vereador Azevedo se mostrou a favor da investigação, pois acredita que assim será possível comprovar a inocência de seus colegas de casa. “Embora eu tenha convicção da inocência tanto do vereador Edmundo, quanto do vereador Ademir (…). Não temos porque demonstrar que temos medo disso, temos que fazer exatamente isso, abrir [investigação] e perder tempo investigando para chegar à conclusão que todo mundo já sabe: que não houve absolutamente nada”, destacou ele.

Vereador Ademir Melo teve conversa gravada

O vereador Mendes, por sua vez, disse que há a necessidade de averiguação dos fatos, visto que as denúncias feitas em áudio são de grave teor. “É uma oportunidade dos colegas se manifestarem, porque o áudio que foi colocado nas redes sociais relata fatos gravíssimos, mas acredito também que é a oportunidade dos colegas vereadores provarem o que tem que ser provado”.

Já o presidente da Casa, Elisandro Paz “Piruca” (PP), disse que entende que todo mundo tem o direito de se defender e de buscar as claras os acontecimentos, afirmando que é a favor da abertura da CPP para que os fatos sejam esclarecidos de maneira verdadeira e objetiva.

Após instaurada, os membros da Comissão terão até cinco dias para notificar os acusados da denúncia, que terão o prazo de dez dias para apresentar sua defesa. Com a defesa apresentada, a Comissão terá cinco dias para decidir se haverá processo ou não. Caso a decisão seja pelo oferecimento da denúncia, uma investigação deverá ser feita, para então ser realizado o julgamento no plenário. O prazo para isso tudo ocorrer é de 90 dias.

Reportagem: Rhayza Moreira / Gazeta de Rosário
Fotos: Larissa Hummel / Gazeta de Rosário

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