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DE DENTRO DO TATAME: A arte marcial como profissão

Apesar de termos sempre a ideia de que a pratica de uma determinada arte marcial se dá pela paixão adquirida pela mesma, o que era bastante comum há algum tempo, hoje vemos cada vez mais praticantes que são verdadeiros profissionais das artes marciais, vivendo exclusivamente da prática de modalidades de luta, sendo de forma competitiva ou então como professores e treinadores das mais diversas modalidades existentes. E, devido a isso, o que era tratado como uma “prática amadora”, inclusive pelos próprios praticantes, hoje é visto realmente como uma profissão.

Há algum tempo, quando algum praticante de arte marcial dizia que era lutador, a pergunta que mais se ouvia era sobre “qual era a profissão de verdade” ou então o que este “fazia para ganhar dinheiro”, já que a luta era tida como uma prática amadora ou então uma forma de lazer. Com o passar do tempo, isso foi mudando e hoje, quando um praticante diz que é um lutador profissional, o primeiro questionamento é “quanto ganha por luta”, dando o devido reconhecimento a este profissional.

Salário, prêmios e reconhecimento

Há uma diversidade de esportes de luta em que os praticantes (claro, assim como todo o esporte, uma pequena proporção) tornam-se milionários, onde o simples entrar no ringue, octógono ou tatame, faz com que o “giro financeiro” seja enorme. Mas, na maioria das vezes, em várias modalidades, o Profissional luta por uma “bolsa”, que é o valor estipulado pelo evento para esse combate. Além disso, muitos eventos (os mais conhecidos, como o UFC, Bellator, BFA, por exemplo) tem uma bonificação em dinheiro para as performances do evento, além da “bolsa”. É um estimulo para que os lutadores se dediquem e deem o melhor de si.

Outra coisa que se busca no “mundo das lutas” é a fama e o reconhecimento. Lutar nos grandes eventos, disputar os títulos mais importantes, ser conhecido em todos os lugares por onde passar, para alguns é até mais importante do que o dinheiro. E a fama que estes profissionais de artes marciais alcançam, é comparada com a de artistas famosos e grandes astros. No Japão, em determinada época, os lutadores do evento denominado Pride eram tratados quase como reis no país, tanto o quanto eram adorados por serem “grandes guerreiros”. Hoje, os grandes lutadores do UFC são tão ou mais conhecidos que os atores de Hollywood. Alguns, devido à sua fama como lutadores, já participaram de filmes no cinema.

Trabalho duro

Como em toda a profissão, para alcançar o sucesso, a fama e o dinheiro é necessária uma dedicação quase exclusiva a esse “trabalho”. São, às vezes, anos a fio treinando, praticando e se esforçando ao máximo, para que todo esse trabalho de resultado. Sem contar as lesões, as derrotas, as viagens desgastantes e as “lutas contra a balança” que estes profissionais tem que enfrentar. O dia-a-dia de um lutador profissional é tão desgastante quanto o de qualquer desportista profissional ou outro profissional.

Seja uma rotina… …De Dentro do Tatame… …Do Ringue ou… …Do Octógono, a profissão de lutador é muito desgastante, dura e atribulada, e deve ser reconhecida e valorizada. São, como diz uma narrador de um canal televisivo, os “gladiadores do século xxi”. E lutam como tal. Um bom sábado a todos.

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