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DE DENTRO DO TATAME: A era das competições virtuais

Ainda estamos, infelizmente, em isolamento social. Mas nem isso nos impede de sermos competidores e competitivos, mesmo que a uma certa (bastante grande, em alguns casos) distância de nossos “adversários”. Nos últimos dias tenho acompanhado diversas competições de artes marciais sendo realizadas virtualmente, de diversas modalidades, desde disputadas de curtidas em postagens em redes sociais, até competições oficiais, com avaliadores qualificados, em forma envio de vídeo, onde os vencedores recebem inclusive premiação, de medalhas a troféus, no caso das disputas por equipes. Isso, na atual situação que estamos vivenciando, é algo extremamente benéfico e nos mostra que a arte marcial não tem fronteiras. Nunca teve fronteira física que impedissem que fossem praticas, e hoje não tem fronteira alguma. Mesmo virtualmente, conseguimos fazer com que nossas modalidades sejam vistas e admiradas nas mais longínquas localidades, nas mais remotas partes da terra (que não é plana, diga-se de passagem, só para informar).

Readaptação e Reinvenção

As modalidades esportivas de maior contato físico, sem dúvida alguma, são as modalidades de luta. E a competição destas modalidades, então, é “contato puro”. Não existe a possibilidade de termos uma competição destas modalidades sem contato físico. Ou melhor, não existia, até então. Como aquela célebre frase que diz que “o otimista vê a oportunidade na dificuldade”, foi exatamente o que aconteceu no caso das dificuldades impostas por essa Pandemia (que, por mais que esteja demorando, vai passar), que oportunizou uma nova forma de competição de artes marciais, esta sim, sem nenhum contato. Além disso, até as formas de ensino destas modalidades estão sendo reinventadas, e há cada dia mais intimista e individualizada. Demonstrações de técnicas aplicadas em objetos simples, demonstram que podemos praticar nossa arte em qualquer lugar. Já vi alguns professores criando bonecos de treino (alguns extremamente criativos e muito bem elaborados, diga-se de passagem), para mostrar aos seus alunos as técnicas e incentivando-os a fazer o mesmo, na sala de casa, e praticar junto com eles. Isso é a readaptação.  Aulas virtuais, por meio de vídeos são hoje a forma mais “prática” que temos para que nossos alunos não fiquem “perdidos” em meio a tanta indecisão de quando poderemos voltar a praticar nosso esporte da forma que fazíamos há dois ou três meses atrás. Na minha opinião, não voltaremos a fazê-lo da mesma forma, mas melhor, com mais dedicação, pois vimos a falta que nos faz essa prática. Isso é reinvenção.

Novos Horizontes

Hoje estamos “espraiando” nossos ensinamentos para lugares onde jamais pensaríamos que estes pudessem chegar. Pessoas que nunca tiveram contato direto com algum tipo que fosse de arte marcial estão se interessando por estas modalidades, porque viram um vídeo ou uma publicação em uma rede social, falando sobre algum exercício que pode ser feito em casa, e viu que o que parecia algo inalcançável, não é tanto assim. Nossas competições, que tinham um público até então um pouco restrito ao ambiente onde eram realizadas, são vistas em várias partes, por várias pessoas, sendo elas praticantes ou não.

Um Futuro Promissor

Que voltaremos, isso não há dúvida. Quando? Espero que logo. Mas enquanto isso, continuem praticando a sua arte marcial, mesmo que virtualmente, que logo estaremos mostrando nossa prática a todos… …De Dentro do Tatame. Um bom sábado a todos e lembrem-se: Fique em casa.

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