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DE DENTRO DO TATAME: Artes marciais em tempos de guerra

Quem acompanha a coluna há um certo tempo já leu sobre a origem do termo “marcial”, e que este tem a origem bélico-militar. Nos primórdios da arte marcial, longe do que conhecemos hoje, tais modalidades eram utilizadas, senão em combate direto, em muitos treinamentos de exércitos ao redor do mundo. Já falamos sobre isso, inclusive, na coluna. Dentro do escopo das lutas como arte, é bom salientar suas diferenças no que diz respeito à arte marcial quanto esporte e quanto combate. Mesmo que utilizadas e aplicadas em contextos diferentes, a maioria esmagadora, senão todas, são alicerceadas por pensamentos filosóficos e valores próprios que norteiam o estilo de vida e convivência do praticante em sociedade. Mas existem as lutas destinadas às técnicas de combate que são, digamos, mais fulminantes, e buscam elevar seus praticantes a níveis altos de defesa pessoal para resistência em situações de crise, ameaças, distúrbios e, hoje muito menos, também a guerra.

Eficiência e combatividade

Certas artes marciais são criadas para o combate e após um período são transformadas em modalidade esportiva, como é o caso do Sambô, que é uma luta russa (ou oriunda da antiga União Soviética) que significa (em Russo, claro) auto defesa sem armas. O Sambô envolve misturas de boxe, luta olímpica, algumas modalidades de lutas da escola eslava, além de algumas técnicas japonesas, que incluem o judô. No caso do Sambô para combate as técnicas envolvem muitos chutes e socos. Quem já jogou video-game ou o antigo fliperama, vai lembrar do zangief do clássico Street Fighter. Então, aquele brutamonte era um legítimo lutador de Sambô. Segundos os russos dizem, um lutador de Sambô voltado para o combate, bem preparado, é capaz de desmontar e mutilar uma parte do seu corpo em questão de segundos.

Alguns de vocês já devem ter ouvido a expressão “esse cara é ninja”. Essa expressão é usada para “adjetivar” alguém que “manda muito bem” em algo. Vem de uma Arte Marcial de origem japonesa, que era muito utilizada no Japão Feudal, o NinJutsu. Utilizada na defesa das terras contra os exércitos invasores, essa modalidade é extremamente completa, incluindo combate desarmado, arte da espada, lançamento de lâminas cortante, arte da lança e arte do bastão longo, luta com foice de corrente, arte dos explosivos, arte dos disfarces e camuflagem, arte da evasão, equitação, treino aquático e espionagem.

Uma arte marcial bastante conhecida aqui no Brasil é o Muay Thai, que é originário da Tailândia. O Muay Thai é conhecido como “a arte dos oito membros” por conta de seus pontos de contato, com socos, chutes, cotoveladas e joelhadas. É um esporte que exige muita rapidez, condicionamento físico, concentração e autoconfiança. Assim como o NinJutstu, o Boxe Tailandês surgiu devido à necessidade de autodefesa dos habitantes do antigo Reino de Sião, saqueado e invadido diversas vezes no período medieval asiático. É uma arte marcial muito eficaz para a Auto Defesa e para o Combate.

Muitos conhecem, pelo menos em ouvir falar, a arte marcial Israelense chamada Krav Maga, classificada como a arte marcial sem regras. Talvez seja a mais eficiente em uma situação de conflito, por essa particularidade. O objetivo é sempre neutralizar a situação que impõe o perigo. Foi criada pelo exército israelense e “exportada” para praticamente todos os exércitos do mundo. As técnicas envolvem manobras de defesa, ataques simultâneos e agressão, não descartando a utilização de golpes letais. Então, as artes marciais também podem sair… …De Dentro do Tatame… …e virar uma “Arma de Combate”. Um bom sábado a todos. E fique em casa, sempre que possível.

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