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DE DENTRO DO TATAME: Artes marciais na “3ª Idade”

Ouvi, há não muito tempo atrás, que certa pessoa “não tinha mais idade” para praticar artes marciais (sendo que esta ainda se encontra na faixa dos 50 e poucos anos) e isso era “coisa dos mais jovens”. Talvez por falta de conhecimento, ou medo de uma nova experiência, algumas pessoas deixam de fazer algo que, comprovadamente, é muito benéfico, tanto para o bem-estar físico, quanto para o emocional. Digo comprovadamente, pois um estudo de 2015 mostrou que a arte marcial é a atividade perfeita para quem já passou dos 50 anos. Os benefícios chegam não só num corpo em forma, mas protegido (ou mais resistente) a doenças e com ganho extra de flexibilidade, elasticidade e agilidade. Enfim, tudo que fará diferença para melhorar o dia a dia. As artes marciais atuam tanto no lado físico quanto no psicológico. Uma atividade que proporcione bem-estar físico e emocional é o encontro perfeito para manter o equilíbrio.

Praticando o bem-estar

Não existe nenhum segmento da população que obtenha mais benefícios com a atividade física do que os idosos. A arte marcial promove, entre outros, força muscular e equilíbrio. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é aquele acima de 60 anos. O processo de envelhecimento reduz drasticamente a massa, a força e a potência musculares, diminuindo a capacidade de execução das atividades da vida diária. A arte marcial é uma excelente opção a ser estimulada. Ela promove flexibilidade, relaxamento, força muscular, equilíbrio e coordenação motora, condicionamento cardiorrespiratório, concentração, facilitando a possibilidade de ser mais independente para os afazeres diários, atividades ocupacionais e de recreação. Além disso, a arte marcial pode ser adotada como um estilo de vida, independentemente da idade do praticante.

Idade não é desculpa

Mesmo depois de uma certa idade, pensa-se na arte marcial como algo que se usa, principalmente, a força física. Engano. Existem qualidades bem mais importantes, como os princípios filosóficos ou o uso correto da energia, por exemplo. Artes marciais como o Tai-Chi-Chuan e o Aikido, são exemplos deste modo de prática. Principalmente quando, devido ao avanço da idade, se tem algumas limitações físicas que impedem à “prática intensa” de determinada atividade física. Então, pratica-se a respiração correta, meditação, entre outros. Essas práticas, além de melhorarem significativamente a qualidade física, também trazem grandes benefícios psicológicos e emocionais. A aceitação das limitações faz com que encontremos outros caminhos, e estes acabam levando ao objetivo final, que é a obtenção da qualidade de vida.

Continuidade

Tudo em que buscamos melhoria, devemos ter continuidade. Na atividade física, não é diferente. Na arte marcial, muito menos. A frequência é muito mais importante que a intensidade. E na “3ª Idade” isso prova-se ainda mais correto. Há limitações que verdadeiramente impedem que a prática seja muito intensa, então deve-se ter paciência, dedicação e continuidade. Eu sempre tenho comigo (apesar de eu ainda não estar em idade tão avançada assim) uma frase que diz que “depois de uma certa idade, a evolução é mais lenta, mas é constante”, o que demonstra exatamente isso. Tu, amigo ou amiga, com mais de 50 (ou 60… …ou 70… …ou 80, por que não?), que deseja uma atividade que traz mais do que benefícios físicos, pratique uma arte marcial. Seja feliz, independentemente da idade… …De Dentro do Tatame! Um bom sábado a todos.

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