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DE DENTRO DO TATAME: Sobre elas, outra vez

No próximo domingo comemora-se o Dia Internacional da Mulher, em alusão à luta pelos direitos civis igualitários instituído pela Organização das Nações Unidas, em 1975, em 08 de março.

Atualmente, a data é comemorada em mais de 100 países. Esportivamente falando, as mulheres vêm, a cada dia mais, conquistando um espaço que há alguns anos era exclusivamente masculino, dadas as inúmeras “proibições” impostas pela sociedade. Era, em um tempo não tão distante, mal vista a prática de algumas (a grande maioria, pra falar a verdade) modalidades esportivas pelas mulheres. E não estamos falando somente em modalidades de luta. Esportes como o futebol, o basquete, o voleibol, eram amplamente e exclusivamente praticados por homens, ignorando-se e proibindo-se a prática pelas mulheres. Ginástica artística, balé, badminton (uma espécie de jogo de peteca), eram permitidos, com algumas ressalvas. Há épocas em que se era proibido por lei a prática de esportes por parte das mulheres. No decreto de lei 3199, de 1941, da nossa Constituição, dizia que “às mulheres não se permitirá à prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza…” e em 1965, o Conselho Nacional de Desportos deliberava que “não é permitida às mulheres a prática de lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, pólo aquático, pólo, rugby, halterofilismo e basebol”. Ainda bem que os tempos mudaram.

As lutas

Não só a luta por igualdade de direitos, mas literalmente a possibilidade e a capacidade de participar e praticar esportes de luta é, até hoje, motivo de “tabu” por parte de muita gente. Por ser um ambiente bastante “agressivo”, visto por quem esta de fora, fatalmente se cria uma falsa idéia de que esse ambiente não é propício para o sexo feminino. Grande engano. Hoje, com a prática esportiva mais difundida, se vê que esse tipo de prática não tem nada de proibitivo, muito pelo contrário. Mulheres praticando esportes de luta é cada vez mais comum e inclusive estimulado. Tanto pela questão esportiva, de saúde ou qualidade de vida, como pela orientação de um tipo de defesa pessoal. Cada dia, mais e mais mulheres estão inseridas dentro da prática de esportes de luta, que antes eram espaços quase que exclusivamente masculinos. Judô, Jiu-Jitsu, Muay Thai, Caratê, Tae Kwon Do, Capoeira, MMA. Modalidade nenhuma de luta (assim como modalidade nenhuma de nenhum esporte) é proibitiva, quanto à prática por pessoas do sexo feminino. Basta que a própria sociedade esteja ciente de que “lugar de mulher é onde ela quiser” e se sentir bem.

Igualdade

Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas, é hoje, um dos dezessete objetivos para o desenvolvimento sustentável da cúpula da ONU e o esporte é uma ferramenta muito poderosa para que isso aconteça de uma forma satisfatória. Mas a principal base de tudo isso é o respeito. Muitas meninas desistem da prática do esporte, por ouvirem de quem mais deveria incentivá-las, que “tal esporte não é pra menina”. Cabe à nós, homens, respeitar suas escolhas e  fazer com que evoluam na prática de uma luta. E já que “Lugar de Mulher é onde ela quiser”, que todas elas sejam vencedoras… …De Dentro do Tatame. Um bom sábado à todos e um feliz Dia Internacional da Mulher à todas.

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