Você Está
Início > Colunistas > DE DENTRO DO TATAME: Um grande passo

DE DENTRO DO TATAME: Um grande passo

A grande maioria dos praticantes de artes marciais não é competidor. Um número muito pequeno destes decide participar de Campeonatos, muitas vezes por receio, medo de lesões ou simplesmente por não ver necessidade de “colocar em prática” os aprendizados adquiridos nas aulas. Eu, particularmente, não sou um “grande fã” de competições. Quando ensino judô e pratico jiu-jitsu, é por simples e pura prática, mesmo. Mas sempre digo aos meus alunos que “Eu sou um General da Paz, mas se meus soldados querem ir à batalha, nada mais justo que eu fornecer as armas”, então o JUDÔ ensinado pode, também, ser aplicado em competição. Assim fazemos, participando do Circuito Sul-Brasileiro de Judô, da Liga Riograndense de Judô.

Muito, mas muito treino

Quando se decide participar de um circuito competitivo ou mesmo de uma competição isolada, deve-se ter em mente que a principal atitude que se deve ter é treinar… …treinar muito… …mas muito, mesmo. De nada adianta, quando se tem a vontade de conquistar algo dentro de uma competição, participar desta sem o treinamento adequado. O treino, tanto treino físico quanto o treino técnico, é a base de todo competidor, seja ele de arte marcial ou de qualquer outra modalidade esportiva. É no treinamento que se adquire todo fundamento e todo o preparo necessário para que, ao participar de uma competição, obtenha-se o resultado, mesmo que, em algumas vezes, não seja o esperado. É mais fácil (ou menos difícil) um atleta obter um resultado satisfatório treinando anteriormente à competição do que ele participar de uma sem ter treinado. Algo também que eu digo aos meus alunos/competidores é que “As medalhas nós conquistamos nos treinos. Na competição nós só vamos buscá-las.” Claro, nem sempre isso tem resultado. Quer dizer que, se eu treinei para participar de uma competição e não obtive o resultado esperado, eu não treinei o bastante? Não. Só quer dizer que, talvez, meu adversário tenha treinado ainda mais que eu. Ou simplesmente ele estava em um “dia melhor”.

Descanso é essencial

Muitas vezes não se dão devido valor ao “Período de Descanso” entre um treinamento e outro. Mas isso é de grande importância, de verdade. Tanto do ponto de vista físico, quanto mental. A fadiga psicológica, às vezes é mais danosa para um atleta/competidor do que a Fadiga Física. Sabe aquele dia que nada da certo? Que tu tenta várias vezes um movimento e ele não funciona? Que parece que tu desaprendeu tudo o que te ensinaram? Pois é! Essa é a hora de dar um tempo, respirar, aliviar as tensões pré-competição e “deixar pro próximo treino”. Descansar, depois de um treino duro, também é válido. Dormir bem, principalmente.

Tudo pronto! E agora?

Uma das coisas que eu sempre peço aos meus alunos/atletas é tranquilidade ao entrar na Área de Competição. Respire, se concentre, relembre o que aprendeu, e faça o seu melhor. Ainda tenho como ensinamento que tudo é passageiro, dentro de uma competição. O vencedor de hoje pode não ter sido o vencedor de ontem, e talvez também não seja o vencedor de amanhã. Como diz a máxima de todo e qualquer esporte, “o importante é competir. Só basta dar o seu melhor, e sair satisfeito… …De dentro do Tatame. Um grande abraço e um bom sábado à todos.

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Top