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DE DENTRO DO TATAME: Vamos de história, hoje

Em tempos de pandemia, sempre é bom variarmos nos assuntos, e aprender algo novo sempre é bom. Já falei aqui sobre a história das artes marciais, mas esse é um assunto praticamente inesgotável, devido ao grande número de modalidades e várias histórias relativas a suas origens e desenvolvimentos.

Segundo a Mitologia Greco-Romana, o termo arte marcial se origina à partir do momento que o Deus da Guerra, Marte/Ares, ensina a um ser humano sua técnica de luta, é à partir disto, eram essas artes militares ensinadas aos homens, de acordo com a legião que atuava no exército do império, para o confronto direto ou corpo a corpo, na Roma Antiga.

Na verdade, a origem da arte da guerra confunde-se com o desenvolvimento da civilização, quando, logo após o desenvolvimento da onda tecnológica agrícola, alguns começam a acumular riqueza e poder. Com isso, surgiram a cobiça, inveja e a agressão. Sendo assim, surgiu a necessidade de obter algum tipo de defesa pessoal ou então uma autodefesa. Mas originalmente objetivo principal das artes marciais era o de defender-se atacando, sendo criados vários sistemas de modos de luta, visando o domínio territorial por meio da aplicação da melhor arte marcial. No oriente, existem outros termos mais adequados para a definição destas artes, como por exemplo, na China é chamado de Wu Shu, que significa em português “a arte de dominar a guerra” ou então, no Japão e chamado de Bushido, que significa “caminho do guerreiro”.

Com o desenvolvimento tecnológico e com isso a proximidade entre as nações, algumas artes marciais que eram tidas como territoriais foram rompendo fronteiras. O Kung Fu e o Judô chegaram também a parte ocidental do globo, e tornaram-se conhecidas e difundidas mundialmente. O Judô, inclusive foi responsável pela origem do Jiu-Jitsu Brasileiro, que também se desenvolveu como uma arte marcial territorial, e hoje é praticado no mundo todo.

Hoje, a aplicabilidade destas técnicas da “arte da guerra” é, apesar da tecnologia armamentista e do poderio bélico dos exércitos mundiais, bastante difundida, ao redor do globo, tendo inclusive idealizadas formas de ensinar determinadas artes marciais exclusivamente para as chamadas forças especiais destes exércitos. Existe, desde o ano de 2001, o Marine Corps Martial Arts Program (MCMAP), que é um sistema de combate desenvolvido pelo corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos para combinar técnicas de combate corpo a corpo existentes e novas com moral e funções de formação de equipe e instrução no espírito do guerreiro, unindo artes marciais como o Jiu-Jitsu Brasileiro, o Judô, a Luta Olímpica, o Muay Thai e o Boxe. Além disso há também exércitos que utilizam técnicas de “artes marciais exclusivas”, como é o caso do Krav Maga, desenvolvido, aplicado e utilizado, durante muito tempo somente pelas Forças Especiais de Defesa de Israel, apesar de o Krav Maga não ser considerado nem classificado como uma arte marcial ou um esporte, por não ter regras claras definidas, hoje é bastante ensinado como uma forma definitiva de defesa pessoal.

Sendo assim, desde a origem da arte marcial, e ela sendo aplicada no uso bélico e depois se transformando em esporte e novamente desenvolvendo-se e modificando-se para a aplicação como forma de defesa pessoal, saindo… …De Dentro do Tatame, para a prática em situação real, a história da arte marcial é bastante rica. E é sempre bom aprendermos um pouquinho. Um bom sábado e todos, cuidem-se e se puderem, fiquem em casa.

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