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Exposição itinerante “Nem Tão Doce Lar” visita Rosário do Sul

A réplica de uma casa com dois quatros, sala e cozinha foi montada para conscientização sobre a violência contra mulher. Trata-se da exposição itinerante “Nem Tão Doce Lar”, realizada pela Fundação Luterana de Diaconia (FLD). Em Rosário do Sul, a Fundação contou com o apoio das integrantes da Associação de Mulheres Rosarienses Ana Terra. A iniciativa aconteceu durante os dias 18 e 19 de outubro, na Rua Voluntários da Pátria, em frente à Praça Borges de Medeiros. Cerca de 150 pessoas visitaram a ação.

A ideia da exposição foi apresentar aos visitantes quatro ambientes aparentemente comuns, mas com detalhes que evidenciam casos de violência contra a mulher. As voluntárias, chamadas de acolhedoras, deixaram os participantes a vontade para que encontrem sozinhos os detalhes. Depois, elas os questionam sobre o que notaram de diferente e o que não concordam. “É uma maneira de alertar porque às vezes pode estar acontecendo dentro de casa, ou no vizinho, e eles não estão percebendo”, explica a voluntária Deoranja Menezes, professora aposentada. Ao final da visitação as acolhedoras orientam sobre formas de denunciar a violência contra a mulher.

Quatro ambientes foram montados

Na última quarta-feira (17), um dia antes da exposição, as acolhedoras participaram de uma oficina de preparação, promovida pela FLD. O intuito foi atualizar sobre o debate em questão e compartilhar a metodologia de acolhimento. Cerca de quinze voluntárias participaram da iniciativa. Para Deoranja, o projeto é importante para conscientizar a importância de intervir em brigas entre casais para evitar possíveis agressões. “Todo cidadão deveria ter sua participação. Algumas pessoas não tem tempo, mas tem muita coisa errada e cada um de nós deveria se dedicar a ajudar”, disse.

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A exposição Nem Tão Doce Lar é de origem alemã com adaptação à realidade brasileira. É um espaço de sensibilização não só para a temática da violência contra a mulher, mas também sobre a violência contra os idosos. Dentro da casa, cada cômodo apresenta objetos que evidenciam sinais de violência, cartazes explicativos e estatísticas sobre a temática. A casa foi montada com móveis emprestados pelas integrantes da Associação e também com o apoio de algumas lojas do comércio rosariense.

Para a vice-presidente da Associação, Ana Aurélia Andreazza, a exposição foi muito bem aceita e acolhida pelos participantes. “O objetivo era gerar o debate e nesse sentido observamos que a exposição cumpriu as expectativas. Os detalhes remetiam às pessoas lembranças e vivencias que eram compartilhadas com as acolhedoras”, disse Ana, em entrevista à Gazeta.

Reportagem e fotos: Larissa Hummel / Gazeta de Rosário

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