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Famílias começam a abandonar ocupações de terrenos em Rosário do Sul

Após a decisão judicial que ordenou que a ocupação de um terreno público no bairro Ana Luiza fosse desfeita, famílias começaram a deixar o local na manhã desta sexta-feira (1º). A área ocupada pertence em grande parte ao estado e uma parcela é do município. No local, está instalada a Escola Estadual de Ensino Fundamental Padre José de Anchiete e a área da Prefeitura foi doada para a construção de um pavilhão de escola de samba – o que gerou críticas e desencadeou a invasão.

Até o final desta sexta, boa parte das mais de 60 famílias que ocupavam o terreno desde domingo (26) havia se retirado do local. Barracas e demarcações que foram feitas, inclusive de uma rua denominada pelos moradores de “Pega-pega”, foram desmanchadas.

Em contato com a Gazeta, uma das pessoas que havia ocupado o local – e não quis se identificar, disse que a saída foi pacífica. Segundo ele, restavam apenas 25 famílias no local.

A medida judicial que ordenava a saída das famílias do local, assinada pelo juiz Felipe Sandri, foi expedida na última terça-feira (28) e dava cinco dias de prazo para que fosse cumprida. Do contrário, a reintegração de posse seria realizada, com uso de forças de segurança, se necessário. O documento segue valendo para as famílias que permanecerem no local.

Outros dois terrenos também foram ocupados no município, ambos nas proximidades da primeira ocupação. Um deles fica no bairro João Alves Osório, em terreno do município, e outro no bairro Oliverio Vasconcellos, em área privada, pertencente a uma imobiliária. Até o fechamento dessa edição, os ocupantes também estavam deixando essas regiões. No primeiro, as famílias saíram por completo, e no segundo ainda permaneciam acampados em alicerces onde deverão ser construídos imóveis de um condomínio.

O líder do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) em Rosário do Sul, Valdenir Alves, voltou a afirmar à reportagem que a entidade não organizou a ocupação, que foi de iniciativa dos moradores, e estava apenas orientando as famílias dos locais. Ainda na quinta (30), a prefeita Zilase Rossignollo Cunha (PTB) recebeu em seu gabinete um grupo de mulheres que estavam acampadas nos locais para uma conversa sobre a situação.

Reportagem: Julio Lemos / Gazeta de Rosário
Fotos Renato Moraes / Gazeta de Rosário

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