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Famílias desocupam áreas invadidas em Rosário do Sul

As famílias que ocupavam pelo menos quatro terrenos públicos e privados em Rosário do Sul deixaram os locais, após ordens expedidas pelo Poder Judiciário. Desde o último dia 26 de novembro grupos se instalavam em áreas exigindo o direito de moradia e casa própria. A maior ocupação estava no bairro Ana Luiza, em local pertencente ao estado, em grande parte, e ao município, onde fica a Escola Estadual de Ensino Fundamental Padre José de Anchieta. No dia 28, foi dada ordem de desocupação das áreas, sob pena de ação de reintegração de posse.

Na manhã dessa segunda-feira (11) a reportagem da Gazeta constatou que os moradores já não se encontravam mais nos locais, restando apenas algumas barracas e materiais que foram usados pelos grupos. Além da área no bairro Ana Luiza, outros dois terrenos foram ocupados nos bairros João Alves Osório, em área do município, e no Oliverio Vasconcellos, pertencente a uma imobiliária. Ocupações também foram registradas próximas a uma propriedade particular na Estrada Municipal em direção ao 5º Distrito – Campo Seco, e nas redondezas do Parque de Exposição Ananias Vasconcellos, pertencente ao Sindicato Rural do município.

Uma das motivações para o início das ocupações teria sido a doação da parcela do município no terreno do bairro Ana Luiza para a construção de um pavilhão de escola de samba. A partir daí mais de 60 famílias chegaram a se instalar no local. Em virtude disso, uma reunião entre representantes das ocupações e a prefeita Zilase Rossignollo Cunha (PTB) foi realizada no último dia 30. Na ocasião, a gestora esclareceu os moradores sobre as questões legais que envolvem a cedência de áreas públicas.

Outra área invadida pertence à imobiliária e está em processo de construção de condomínio

“Tenho que ter orçamento, tenho que ter lei, tenho que passar para vereador, eles têm que aprovar. Todos que querem áreas têm que fazer o cadastro na Assistência Social”, orientou a prefeita, referindo-se também à demora para a conclusão desse tipo de processo. “É claro que eu quero organizar os espaços. Graças a Deus no Lafar e no Santa Marta, está quase tudo finalizado, um bairro inteiro para receber as escrituras das casas. Mas quanto tempo eles estão lá até a gente conseguir finalizar o processo? Então dá pra ser feito, mas tem que ser da maneira certa”, concluiu.

Segundo Zilase, para que o município ceda as áreas para moradias é preciso fazer um georreferenciamento no território de Rosário do Sul, que custaria cerca de R$ 600 mil, o que pode ser realizado em 2018.

Reportagem: Caroline Motta / Gazeta de Rosário
Fotos: Julio Lemos / Gazeta de Rosário

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