Trabalhar pelo desenvolvimento regional, esse é o principal objetivo do Consórcio de Desenvolvimento do Pampa, que reúne cidades da Fronteira Oeste e da Campanha do Rio Grande do Sul. Os representantes desses municípios estiveram em Brasília na quinta-feira (16), em reunião com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi. Na ocasião, foi entregue um projeto emergencial voltado para a recuperação e manutenção das estradas vicinais das cidades participantes.
O rosariense Lino Furtado, chefe de gabinete do deputado federal Afonso Motta (PDT/RS), estava presente na oportunidade, representando parlamentar. Em entrevista à Gazeta, ele lembrou que todos os municípios estão enfrentando esse problema da trafegabilidade do homem do campo para escoar a safra. Segundo ele, foi tratada a possibilidade do governo federal conceder um aporte de R$70 milhões para compra de maquinário exclusivamente destinado às estradas vicinais e para dar um suporte ao produtor rural. Esses equipamentos seriam comprados pelo consórcio e a utilização deles serão feitas por etapas, em cada município participante.
Furtado informa que a questão ficou bem encaminhada, mas ainda não há prazo definido para sua execução. “Foi um ato forte de pressão no governo. Nós pregamos sempre que pós-período eleitoral as forças políticas tem que se unir em prol da nossa fronteira, senão não adianta. Ontem (16), estavam envolvidos vários partidos diferentes lutando pela mesma causa. É acima da questão individual ou partidária. Foi um momento bom, uma grande reunião”, declarou.
Situação de emergência
Um dos exemplos de município que está enfrentando sérios problemas em decorrência das chuvas e dos estragos nas estradas vicinais é Caçapava do Sul, que decretou situação de emergência. O acúmulo de aproximadamente 400 ml de chuvas, média superior a 100% do previsto para o mês de março, causou estragos em estradas do interior do município, o que impediu a manutenção delas e, por consequência, o escoamento de safra.
O transporte escolar também foi prejudicado por causa das chuvas. De acordo com a secretaria de obras de Caçapava do Sul, diversas regiões ficaram ilhadas por conta da queda de pontes e cabeceiras, que foram levadas pelas enchentes dos rios. Dessa forma, muitas vias ficaram sem condições de tráfego por causa dos desmoronamentos.