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Ideia de rosariense resolve problema de mais de 10 anos

A rosariense Marília Coelho Teixeira, 24 anos, engenheira ambiental e sanitária formada recentemente pelo Centro Universitário Franciscano de Santa Maria (UNIFRA), uniu a realização de seu trabalho final de graduação com a possibilidade de utilizar seu aprendizado para ajudar pessoas. Ela descobriu que a Escola Fundamental Miguel Beltrame, localizada na Vila São José no município, passava por um grave problema de erosão há mais de 10 anos, comprometendo o ambiente escolar e expondo as crianças a acidentes.

Após conversa com a direção da escola, a acadêmica observou que a melhor solução para que a escola permanecesse firme seria a colocação de pneus recheados de pedras amarrados entre si com um arame. A partir daí, ela solicitou um ajudante de pedreiro para a Prefeitura de Santa Maria, mas não obteve êxito, porque o Executivo alegou outras prioridades. No entanto, não desistiu e buscou auxílio através de doações, como a realizada pela construtora Conpasul, que cedeu as pedras, e pela empresa de materiais de construção Walter Beltrame, que ajudou com a manta geo têxtil e o arame galvanizado. “Ainda contratei do meu bolso os pedreiros, convidei irmã, cunhado e amigos para a empreitada. Se não tivéssemos persistência e apoio da direção da escola, as aulas possivelmente seriam interrompidas pelo risco de começar a rachar o prédio”, esclarece Marília. “No início tivemos complicações com a escavação, por causa do solo úmido, mas quando conseguimos ajudantes, ficou tudo mais fácil”, declara a jovem engenheira.

Problema ainda maior

Outros problemas surgiram durante a montagem da estrutura de pneus e que ainda precisam de solução, como a tubulação do banheiro dos estudantes, que estava interrompida devido a uma caixa de esgoto feita pela Prefeitura em 2012, o que acabou por ocasionar o deposito de resíduos diretamente em um córrego já poluído que passa pelos arredores da escola. Após constatação do problema, a secretária de Obras do município reajustou a construção, mas a proximidade do córrego com o pátio da escola ainda gera preocupação aos professores.

“Além do constante cheiro, as crianças menores mexem na sanga. A pracinha fica a menos de dois metros do esgoto. Já sofremos com a invasão de aranhas, lagartos e cobras. No inicio do ano, um aluno pegou leptospirose. Este problema persiste há pelo menos 10 anos, tempo em que sou professora aqui’, enfatizou a diretora Fátima Regina da Silva. Segunda ela, foram feitas várias solicitações para canalização do local, mas a Prefeitura alegou falta de orçamento. Cerca de 170 crianças estudam na Escola Fundamental Miguel Beltrame. O assunto foi enviado para a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Santa Maria, a qual ficou de dar encaminhamento necessário para a solução do problema.

Números

Comprimento: 6,60 metros

Altura: 2 metros

Espessura: 1,20 metros

Tempo de construção: 4 dias

Pessoas necessárias: Média de 5 (2 serventes e 3 voluntários)

Pneus necessários: 230 pneus

“Conseguindo a ajuda necessária, esse projeto pode ser implantado em vários outros lugares” – Marília Coelho Teixeira, engenheira ambiental e sanitária

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