A manhã dessa quinta-feira (23) foi marcada por protesto em frente à Prefeitura Municipal de Rosário do Sul. Pais e mães de alunos que não tem acesso ao transporte escolar se reuniram com a prefeita Zilase Rossignollo em busca de uma solução para o impasse. O ano letivo teve início no dia 06 de março e, desde então, muitos alunos ainda não foram para a escola pela ausência de transporte. O problema atinge tanto a Rede Municipal quanto a Estadual.
A manifestação começou na rua e terminou dentro do gabinete da prefeita. Em coro, os familiares diziam “não temos mais paciência, queremos uma solução já”. Os alunos afetados são moradores da Zona Rural do município.
A prefeita, acompanhada da secretária municipal de Educação e Cultura, Liege Gorete de Mattos, explicou que os alunos da Rede Municipal de Ensino terão acesso ao transporte, porém, o serviço será terceirizado e a abertura dos envelopes da licitação acontecerá no dia 03 de abril. “Nós entendemos a situação de todos vocês, mas não depende apenas de mim. Temos que respeitar a lei. As crianças irão para a escola, sim”, enfatizou a gestora. A licitação é para contratação de oito ônibus.
Em relação ao transporte dos alunos da Rede Estadual, ela diz que a responsabilidade é do Estado. “Nós não podíamos mais arcar com esse custo, a prefeitura não tem dinheiro, mas eles também estão em processo de licitação para contratação das linhas”. Na última semana, a prefeita esteve reunida com representantes da Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul.
Ao final, ficou acordado que no dia 03 de abril um grupo de pais será recebido pela prefeita. Na reunião ela anunciará a empresa vencedora do transporte escolar municipal.
A secretária Liege de Mattos afirmou que todas as aulas perdidas serão recuperadas com os alunos ausentes. Em Rosário 2.241 crianças estão matriculadas nas escolas municipais e 5.333 nas estaduais.
ATUALIZAÇÃO:
Já em relação ao transporte para os alunos da rede estadual, não há prazo para a solução do problema. Segundo a coordenadora da 19ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Gislaine Grecelle, a demanda é burocrática. Ela diz que o processo licitatório, que estava em andamento, foi revogado e outro será realizado. “Tivemos um problema com documentação e isso atrasou os trâmites. Entraremos com outro processo, mas não temos estimativa de tempo, infelizmente”. A coordenadora lamenta a situação, mas afirma que um calendário para recuperação das aulas será elaborado.
