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Operação contra abigeato prende quadrilha que furtou mais de 1,5 mil animais no Estado

A Força-Tarefa de Combate aos Crimes Rurais e Abigeato, criada há um ano e sediada em Rosário do Sul, desencadeou, na manhã de terça-feira (08), a Operação Castelo. Tendo como alvo uma das maiores organizações criminosas responsáveis pelo roubo de bovinos e ovinos na metade Sul do estado, a operação cumpriu 20 mandados de prisão e 18 mandados de busca e apreensão em Pelotas. Dentre os presos está o suspeito de liderar a quadrilha e uma agente da Guarda Municipal de Pelotas. Rosário foi uma das 15 cidades alvo da quadrilha.

Conforme a Polícia Civil, 14 pessoas foram presas e materiais usados para a execução dos crimes foram apreendidos, como facas, moedores de carne e balança. A Operação Castelo é coordenada pelos delegados Adriano Linhares, Márcio Steffens e Luis Eduardo Benites. Segundo a equipe, os criminosos furtaram, aproximadamente, 1,5 mil bovinos e ovinos apenas no último ano. A investigação estima que somente uma dupla de carneadores tenha furtado mais de 700 animais.

O grupo praticava os crimes com carros roubados e realizou, conforme a polícia, ataques nas cidades de Bagé, Dom Pedrito, Candiota, Aceguá, Pinheiro Machado, Piratini, Jaguarão, Rio Grande, São Lourenço do Sul, Canguçu, Caçapava do Sul, Lavras do Sul, Rosário do Sul, Camaquã e Cachoeira do Sul, entre outras.

Além das prisões, objetos usados pela organização criminosa foram apreendidos.

O bando era conhecido pelos produtores rurais como “Grupo dos Seis”, uma vez que abatiam em média seis animais bovinos em cada um dos ataques. A carne retirada dos animais era levada pelos criminosos até Pelotas, onde o grupo tinha sua sede. Lá, era repassada para açougues, lanchonetes, bares e restaurantes.

Em entrevista ao portal G1, o delegado chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Emerson Wendt, afirmou que os estabelecimentos que compravam a carne tinham conhecimento da origem do produto. Durante as investigações, a Força-Tarefa chegou a pegar em flagrante pelo menos quatro equipes de carneadores da organização e recuperou dez carros roubados adaptados para transportar carne.

Entre os 20 mandados de prisão decretados pelo Poder Judiciário, estão carneadores (indivíduos que iam a campo realizar os furtos), empresários (que receptavam a carne furtada), um advogado (que auxiliava nas ações da organização criminosa) e uma servidora pública da Guarda Municipal de Pelotas (que além de realizar cobranças para o grupo, também forneceria informações privilegiadas aos criminosos, como barreiras da polícia).

A ação também teve a participação da Divisão de Apoio Aéreo, que utilizou o helicóptero da PF dando apoio às equipes que cumpriam os mandados.

Saiba mais

A PF, por meio da Força-Tarefa, realiza repressão a essa modalidade de crime. Além dos danos à população em função da sonegação fiscal, os produtores são vítimas diretas e o consumidor final corre o risco de contrair doenças. Afinal, os animais, muitas vezes, foram vacinados há pouco tempo e são carneados sem as mínimas condições de higiene.

Reportagem: Julio Lemos / Gazeta de Rosário
Fotos: Divulgação / Polícia Civil / Força Tarefa

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