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Professores de Rosário do Sul realizam novo protesto contra o parcelamento salarial

Professores da rede estadual de Rosário do Sul, juntamente com o Cpers Sindicato, realizaram na manhã desta segunda-feira (11), uma manifestação na Praça Borges de Medeiros. O ato foi para conscientizar a população da importância da greve em que a classe se encontra, motivada pelo parcelamento dos salários desses profissionais realizado pelo governo do estado, que nesse mês chegou a pagar apenas R$ 350 aos funcionários.

A greve foi anunciada durante manifesto dos professores no desfile da parada cívica no último dia 7. Das escolas estaduais de Rosário, apenas três ainda não aderiram ao movimento: EEEF Marçal Pacheco, EEEM Professora Carolina Argemi Vazquez e EEEF Independência.

Além do 21º parcelamento salarial do funcionalismo público gaúcho, outros fatores ajudaram na decisão de greve. Está tramitando na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 257, que revoga o Artigo 35 da Constituição Estadual, que garante o pagamento dos salários de maneira integral até o último dia útil de cada mês. Ou seja, com a aprovação da PEC, o parcelamento salarial fica assegurado por lei.

Nesta terça-feira (12), representantes das escolas e do Cpers de Rosário do Sul irão participar de uma vigília em frente à Assembleia Legislativa em Porto Alegre, com o intuito de impedir a votação da PEC 257. Esta mobilização está prevista para acontecer durante todas as terças-feiras do mês.

A greve ainda não tem data prevista para terminar. O Cpers garante que os professores só voltarão às atividades normais em sala de aula quando o governo estadual cumprir com as exigências feitas pela classe trabalhadora. O pagamento integral dos salários e do 13º são algumas delas.

Em nota divulgada no último dia 5, o governador José Ivo Sartori (PMDB) se disse descontente “pela forma como alguns setores da sociedade têm agido em relação à crise”. “O parcelamento de salários constrange a todos nós, mas não é fruto de vontade política deste governador ou do nosso governo. Agradeço à imensa maioria dos servidores públicos que, mesmo diante de todas essas dificuldades, segue atendendo à população. Permaneçam, resistam, sigam em frente – e vamos juntos construir uma condição de sustentabilidade para todos”, afirmou.

Já o Comando de Greve Estadual do CPERS parabenizou todos os educadores que saíram às ruas “para denunciar para a sociedade gaúcha o que Sartori (PMDB) está fazendo com o Estado e o serviço público”. “Convocamos a todos os educadores e educadoras, pais e estudantes a participarem do Ato no dia 12 e mostrarmos que lutaremos juntos pela escola pública. Não podemos permitir que a crueldade de Sartori avance contra a nossa categoria e os nossos alunos. Todos à luta”, convocou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer. Durante o período da greve, o Cpers Sindicato de Rosário do Sul planeja atividades referentes ao manifesto no município.

Atividades programadas:

  • Terça-feira, 12 de setembro: participação de ato em Porto Alegre
  • Quarta-feira, 13 de setembro: aula cidadã na Praça Borges de Medeiros, às 10h
  • Quinta-feira, 14 de setembro: caminhada pelas avenidas centrais da cidade (saída da praça), às 10h
  • Sexta-feira, 15 de setembro: panfletagem no trevo da BR-290, às 10h
Reportagem e fotos: Rhayza Moreira / Gazeta de Rosário

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