Professores e funcionários de escolas de Rosário do Sul aderiram à paralisação nacional pela educação. O grupo se concentra com cartazes e bandeiras no cruzamento da Rua João Brasil com a Barão do Rio Branco, durante esta quarta-feira (15). Eles protestam contra o corte de verbas anunciado pelo MEC e também contra a reforma da previdência.

Em entrevista à Gazeta, o professor Leandro Oliveira, representante do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) em Rosário do Sul, explica que a paralisação foi convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) com objetivo de conscientizar a população contra a reforma da previdência e contra o corte de verbas na educação. “Vivemos um momento de crise, mas o governo quer fazer um caixa em cima do que os trabalhadores juntam para se aposentar, então nesse sentido somos contra”, comentou Oliveira. O grupo está colhendo assinaturas da população que também é contra a reforma.

Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.

Para o professor, há um caos instaurado na educação e um mau gerenciamento por parte do governo. “Hoje temos uma desvalorização das universidades e dos Institutos Federais (…). O movimento de hoje tem esse propósito, de fazer com que as pessoas parem e pensem nos riscos que estão correndo em permitir que uma reforma seja implementada, e que, a longo prazo, o que a falta de investimentos na educação vai gerar para formação da população brasileira”, ressaltou.

Segundo Oliveira, o Instituto Estadual Educacional Deputado Ruy Ramos e a Escola Municipal Emilia Prates aderiram totalmente à paralisação. As demais escolas do município aderiram parcialmente. O grupo pretende permanecer todo o dia de hoje realizando as manifestações.

Fotos: Larissa Hummel / Gazeta de Rosário