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Protesto dos caminhoneiros entra no oitavo dia em Rosário do Sul

A mobilização de apoio à paralisação dos caminhoneiros segue em Rosário do Sul, pelo oitavo dia. Os piquetes estão montados junto ao trevo da BR 290, no final da Avenida Coronel Sabino de Araújo. A organização no município traçou novos rumos do movimento no final da tarde de terça-feira (29). Agora, é exigida a saída do presidente Michel Temer. A manifestação seguia pacífica, sem incidentes na cidade.

O grupo de caminhoneiros, apoiado por agricultores e setores empresariais de Rosário do Sul, realizou uma reunião na tarde de terça-feira. Os participantes apoiaram a decisão do movimento de seguir o protesto. Estavam presentes representantes da Associação dos Arrozeiros, do Sindicato Rural e do Centro Empresarial, que deram apoio aos protestantes. O vereador Adriano Dornelles (DEM) também acompanhou o encontro e esteve presente no ato.

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Segundo o transportador Adair Trevisiol, um dos líderes do movimento em Rosário, a classe seguirá com os piquetes até a próxima segunda-feira (4). Ele também entrou em contato com outros envolvidos em locais de protesto pelo Rio Grande do Sul e país, e disse que a manifestação seguirá firme.

Movimento organizou piquete no trevo de saída da cidade

“A partir de hoje (terça-feira) resolvemos que todas as tardes, às 17h, faremos uma reunião para ver como está o andamento (das manifestações). Estive ligando para várias cidades e parceiros, e está todo o Brasil, todo mundo aderindo à paralisação. Vamos continuar”, explicou Trevisiol. Segundo ele, lavoureiros adeririam ao ato nesta quarta-feira. “Dar mais uma força para nós, pois reclamamos que está faltando uma participação maior deles”, ressaltou ele.

“Temer nos traiu”, diz líder de manifestação

Segundo a organização do movimento em Rosário, os caminhoneiros reivindicavam vários quesitos. Entre eles, estava principalmente a diminuição do preço dos combustíveis e do gás de cozinha. Adair Trevisiol disse que agora eles querem que o presidente da república, Michel Temer (MDB), saia do governo.

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“Agora não estamos mais reivindicando combustível, e sim Fora Temer, porque ele nos traiu. Ele pagou pessoas que não são do sindicato dos caminhoneiros, não são pessoas de categorias e foram pagos para irem lá mentir. Então como ele nos traiu, não queremos mais negociação com ele”, pontuou.

Os caminhoneiros seguiam parando colegas que passavam na região, convidando-os a aderirem ao movimento de paralisação.

Manifestantes e apoiadores dos caminhoneiros em Rosário do Sul

Saiba mais

A manifestação em Rosário do Sul iniciou na tarde de quarta-feira, 23 de maio, e seguiu sem interrupção, 24 horas por dia. No local, os motoristas e agricultores organizaram toldos, levaram lenha, fazendo fogo de chão improvisado para preparar refeições.

O local também foi equipado com churrasqueiras e tem recebido apoio de empresários, comerciantes, produtores rurais que doam carne, arroz, frutas e pães para serem servidos a todos os envolvidos no local. Além disso, o movimento teve duas carreatas pela cidade, uma cavalgada de tradicionalistas e uma caminhada organizada por jovens que apoiam a causa.

Na terça-feira (29), a liderança do movimento liberou um caminhão tanque com 13 mil litros de combustível para abastecer dois postos de bandeira Ipiranga no município. As filas em ambos foram longas e alguns motoristas rosarienses levaram mais de 3 horas para abastecer. Na mesma tarde, o estoque acabou.

Fotos: Reprodução / midiacentralblog.wordpress.com
Julio Lemos / Gazeta de Rosário

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