O ano de 2011 foi marcado por uma polêmica na Educação brasileira. Foi o escândalo do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Quem estava ligado nas notícias, tem conhecimento das fraudes que aconteceram com a prova, responsáveis por confusões, atrasos e preocupação por parte daqueles que dependem do teste para ter melhores chances no Ensino Superior.

Nesta edição em questão, alunos de Fortaleza tiveram acesso antecipado a quase 15 perguntas. As provas dos 639 estudantes do colégio foram canceladas, tendo que ser refeitas pelos mesmos. O Ministério Público Federal no Ceará ainda entrou com ação contra o exame por falta de transparência. Em São Paulo, um estudante também conseguiu na Justiça a revisão da nota obtida na redação. Para completar, a prova de um aluno havia sido anulada, mas depois que a Justiça concedeu uma liminar para que ele pudesse ter acesso à correção, ela passou de zero a 880 pontos.

Enfim, problemas não faltaram e a apreensão sobre a realização da edição deste ano era grande. No entanto, tudo parece ter corrido bem. Em Rosário, particularmente, os depoimentos são de movimento grande, mas sem imprevistos.

O Enem 2012 registrou abstenção total de 27,9% dos participantes, pouco mais que o ano passado – o que de certa forma representa um aumento no descaso por parte dos alunos ou falta de credibilidade do exame. Apesar da tranquilidade desta edição, um fato polêmico já aconteceu: foram eliminados 65 alunos que postaram imagens digitais das provas, o que é proibido.

Chance jogada fora. Foi isso que fizeram estes estudantes, talvez em uma brincadeira inconsequente, que terá reflexos apenas em seus futuros. Espera-se agora que nenhum caso manche novamente a Educação no País e que esta prova tenha cumprido com seu principal propósito: permitir um acesso mais amplo às universidades.