
O Poder Judiciário de Rosário do Sul realizou entre os meses de outubro e novembro, quatro sessões do Tribunal do Júri, onde restaram condenados dois homens e absolvidos outros seis réus. No júri mais recente, do homicídio de um jovem de 16 anos em outubro do ano passado, o réu foi condenado a mais de 22 anos de prisão.
No mais recente, realizado em 9 de novembro, após sete horas de sessão, o réu Vinícius Gabriel Santos Domingues, foi condenado a 22 anos e seis meses de reclusão, no regime inicial fechado. Também foi mantida a prisão preventiva já que ele estava recolhido no presídio. A sessão iniciou às 9h e encerrou às 16h, sendo o homem denunciado e pronunciado como incluso nas sanções do 121, § 2º, incisos II e IV, do Código Penal, pela prática do crime de homicídio ocorrido no centro da cidade, na rua Amaro Souto em frente a praça na madrugada de 30 de outubro de 2022 que vitimou o adolescente de 16 anos.
O crime ocorreu na madrugada de 30 de outubro na praça Borges de Medeiros. Após uma discussão provocada apenas por serem de bairros diferentes, a vítima que estava acompanhada de um tio, foi atacada pelas costas quando atravessava a rua sendo atingida por um golpe de faca que atravessou sua coluna e atingiu um dos pulmões. Através de imagens foi identificado o suspeito.
O jovem fugiu pela rua Voluntários da Pátria, mas acabou caindo ao chão já no bairro vizinho, Aliança quando foi socorrido mas morreu na mesma data.
A família da vítima, amigos e demais integrantes da comunidade fizeram uma manifestação na noite de 05 de novembro de 2022, quando foi feito a missa de 7º dia, pedindo justiça. Eles caminharam com balões e camisas brancas em volta da praça central.
O suspeito de 20 anos foi preso no dia 11 de novembro pela Polícia Civil e encaminhado ao presídio onde aguardou o julgamento.
Demais julgamentos
No outro júri, realizado dia 26 de outubro, o réu Carlos Miguel Antunes foi condenado a 7 anos em regime inicial fechado pela tentativa de homicídio ocorrida em 1º de fevereiro de 2022, contra outro homem. Ele estava já em preventiva de mais de 600 dias foi mantido o regime fechado, pois era reincidente na prática. O crime ocorreu em 1º de fevereiro de 2022.
Conforme a denúncia do MP contra o réu Carlos Miguel Antunes, por volta de 2h51 da madrugada de 1º de fevereiro de 2022, na rua Coronel Soares 1482, bairro Ana Luiza, tentou matar a vítima mediante golpes de arma branca na região do abdômen e tórax, causando lesões, não matando, pois a vítima conseguiu reagir e fugir.
Ainda conforme a denúncia na oportunidade a vítima estava com amigos em casa quando estes saíram para comprar bebidas. Aproveitando-se o denunciado entrou no local e passou a agredir com uma faca, desferindo estocadas. O crime somente não se consumou, pois a vítima defendeu-se com uma pá e fugiu. O acusado também fugiu do local. Ele ficou com lesões e foi encaminhada ao hospital.
O crime teria sido praticado por motivo torpe, por vingança, pois o acusado acreditava que a vítima teria informado a polícia das atividades ilícitas praticadas por um amigo seu que acabou recolhido ao presídio.
Em 10 de outubro, foram a júri popular três réus pelo assassinato de Alessandro José Santos “Badio”, 36 anos, ocorrido na noite de 18 de abril de 2021 na rua Riachuelo, proximidades da praia. Os três réus foram absolvidos pelo tribunal do Júri, após acolhida a tese da defesa deles, de negativa de participação. Na mesma ocasião foram revogadas as prisões preventivas sendo os réus postos em liberdade.
Badio, de 36 anos, foi assassinado quando teve a casa invadida, sua mulher também espancada e ele morto com um tiro no tórax. Socorrido pelos Bombeiros acabou não resistindo e chegou sem vinda ao hospital. Os três suspeitos, três homens de 34, 22 e 21 anos na ocasião do crime foram presos pela polícia civil.
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No júri de 05 de outubro, dois homens e uma mulher foram absolvidos do crime de tentativa de homicídio praticado contra um casal em dezembro de 2006. O crime foi prescrito e extinta a punibilidade de dois dos réus, e contra o terceiro envolvido o mesmo foi absolvido. O processo foi arquivado.
Foto em destaque: Brigada Militar/ Arquivo