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Rosariense é condenado a 17 anos de prisão por estupro de vulneráveis

Um ex-líder religioso, hoje com 56 anos, que está recolhido ao Presídio Estadual de Rosário do Sul (PERS), foi condenado a 17 anos e 6 meses de prisão por estupro de vulneráveis. A condenação foi proferida pelos desembargadores da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) e foi publicada pelo Tribunal nesta quarta-feira (13).

Os crimes, já noticiados pela Gazeta, teriam ocorrido entre 2013 e 2017. As denúncias contra o acusado foram feitas em agosto de 2017, quando ele acabou preso pela Polícia Civil.

Conforme a denúncia, ele utilizava o cargo de líder da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecida como Mórmons, para abusar das vítimas.  No total, seis meninas menores de 14 anos acusaram o rosariense e informaram que ele pedia que elas mantivessem segredo. Os crimes ocorriam em uma sala da igreja, onde o líder religioso ficava a sós com as vítimas.

Com a denúncia feita em agosto de 2017 pelos pais de uma das vítimas, os abusos vieram a público. O caso foi informado aos líderes da igreja, mas ele não teria sido punido com a expulsão da ordem religiosa. Na época, ele foi afastado do cargo, mas continuou frequentando a igreja. Como a exclusão do acusado não ocorreu, o fato foi registrado na Polícia Civil que iniciou a investigação e o acusado acabou preso em 21 de agosto de 2017. Sua defesa recorreu após sua primeira condenação e o caso foi para o TJRS.

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O relator do Acórdão, Desembargador Aymoré Roque Pottes de Mello, afirmou que os relatos das vítimas revelam de forma espontânea como eram os abusos sexuais praticados pelo ex-líder religioso. “Como se vê, as vítimas sustentaram sempre uma única versão dos fatos, sem cair em contradição. E seus depoimentos, além de lineares e seguros, estão amparados pelas demais narrativas colhidas.”

Por fim, o réu foi condenado a 17 anos e seis meses de reclusão a ser cumprido em regime inicial fechado. A ação corre em segredo de justiça.

Condenado já possuía antecedentes pelo mesmo crime

Além das seis vítimas, o réu já possuía antecedente pelo mesmo crime cometido contra a própria enteada. O fato teria ocorrido em 2007, quando a vítima, hoje com 26 anos, tinha 14 e ele 43. Os abusos seguiram até a vítima completar 15 anos e fugir de casa.

Depois de ser preso pelos crimes ocorridos na igreja, o réu negou os fatos e afirmou que as denúncias seriam apenas uma forma de vingança por pessoas que não gostavam de sua rápida ascensão ao cargo de presidente do ramo na igreja. Depois que os crimes foram denunciados em agosto de 2017, quando ele foi preso, o mesmo foi excomungado da Igreja dos Mórmons.

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