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Supermercados de Rosário do Sul são afetados pela greve dos caminhoneiros

Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), o abastecimento de produtos para supermercados no estado está prejudicado desde quarta-feira (23). A falta de reposição de mercadorias acontece em decorrência da paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil. O órgão emitiu nota oficial nesta quinta-feira (24). A Gazeta entrou em contato com supermercados em Rosário do Sul para saber sobre a situação.

Dos estabelecimentos que a reportagem conseguiu contato, nenhum declarou risco de desabastecimento. Entretanto, alguns produtos já estão em falta e mais problemas podem acontecer devido ao bloqueio das rodovias.

O gerente de uma das filiais do supermercado Righi, Dirnei Baptista, informou que o setor de fiambreria não recebeu reposição e que até a manhã de quinta-feira (24) havia três carretas trancadas na Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa), em Cachoeira do Sul. “Já estamos racionando o queijo, 500g por pessoa. No hortifruti, não temos cenoura, mas no restante estamos bem abastecidos e bem estocados. Temos uma cobertura de perecíveis para dez dias”, explica Baptista.

Quanto ao supermercado Super Engenho, o gerente José Carlos da Rosa informou que a partir desta sexta-feira (25) pode começar a faltar hortifruti. “Se prolongar a greve tem risco de desabastecimento (…). Se continuar [a paralisação] semana que vem o setor de carne vai começar a faltar”, completa Rosa. Quanto aos produtos não perecíveis, o gerente garante que há estoque para quinze ou vinte dias.

No supermercado Guasso, alguns produtos do setor de hortifruti, laticínios e carne estão em falta, conforme a gerente Sandro Moura. O supermercado Nacional não retornou as ligações da reportagem.

Em nota, o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, salienta que os supermercados possuem um estoque médio de segurança de 15 dias nos produtos não perecíveis. Enquadram-se nessas mercadorias os itens de mercearia como massas, biscoitos, grãos, leite, açúcar, bebidas, farináceos, matinais, condimentos, etc. Itens de higiene e beleza, limpeza, bazar e não alimentos em geral também possuem estoque de segurança.

A situação mais preocupante recai sobre os perecíveis. Esses não são estocados pelos supermercados, devido seu curto prazo de validade. Segundo Longo, os problemas vão aumentar gradativamente, à medida que os supermercadistas não conseguirem repor as mercadorias vendidas nas lojas do setor. O dirigente conclui informando que os supermercados gaúchos recebem diariamente quatro milhões de consumidores em suas lojas, espalhadas por todos os municípios do Estado.

No Brasil, 129 frigoríficos já pararam as produções de carne bovina, suína e de aves

Conforme a reportagem do G1, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que mais da metade da produção de carne suína e de aves já está parada, com 78 frigoríficos com operações suspensas. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) acrescenta que há também impactos na produção de carne bovina.

Até agora, 129 frigoríficos já pararam as produções de carne bovina, suína e de aves. As associações que representam os setores estimam que esse número suba para 208 até esta sexta-feira (25) se a situação não se normalizar. Caso isso se confirme, o resultado será a paralisação de cerca de 90% da produção nacional de carne.

Entre as grandes empresas produtoras de carne, a JBS e a BRF anunciaram paralisações. A primeira diz que “está adotando medidas em suas operações (fábricas) e logística, que inclui a paralisação de algumas unidades de carne bovina, aves e suínos, em razão da impossibilidade de escoar sua produção”. As unidades paralisadas pela JBS ficam em cinco estados (Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul).

Reportagem: Larissa Hummel / Gazeta de Rosário

Foto: Divulgação

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