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Velocidade do vento chegou a 110 km/h em Rosário do Sul

Rosário do Sul e sua comunidade seguem se recuperando dos danos e do susto causado pela tempestade que atingiu o município na madrugada de quinta-feira (18). Felizmente, não há registros de feridos, porém os prejuízos materiais foram muitos. Segundo a estação meteorológica particular Climarosul, que fica localizada na zona sul da cidade, a velocidade do vento justifica os estragos: chegou a 110 km/h.

O pico das rajadas aconteceu às 2h20 da madrugada, mas o observador meteorológico do Climarosul, Roger Pinto, ressalta que em outros pontos pode ter havido rajadas maiores, porém esses dados ainda não existem ante a ausência de outras estações meteorológicas. “Pela forma que o evento se sucedeu e pelos estragos, tudo leva a crer que fomos atingidos por uma violenta linha de temporal. Tivesse havido um tornado, os danos se concentrariam em uma determinada faixa, causando forte destruição. Em outros pontos nada teria ocorrido”, disse Pinto, em nota publicada nas redes sociais.

O temporal também causou estragos em municípios vizinhos a Rosário do Sul, como em Santana do Livramento e Santa Maria, onde houve queda de granizo, casas destelhadas e quedas de árvores. Houve granizo também em Alegrete, Canguçu e São Francisco de Assis.

Segundo a Defesa Civil do estado, quase 40 municípios foram atingidos pelo temporal no RS, nas regiões Central, Norte, Vale do Taquari, Missões e Fronteira Oeste. O órgão ainda não tem o número de residências que foram afetadas, mas estima que o vento chegou a 133 km/h – velocidade registrada durante a madrugada em Cruz Alta.

Foto: Julio Lemos / Gazeta de Rosário

Em Santa Maria, a prefeitura calcula que mais de mil pessoas foram impactadas pela tempestade. Mais de 20 mil metros quadrados de lonas foram distribuídos no município para famílias de, ao menos, dez bairros.

Pinto avalia que a forte linha de tempestade avançou desde a Argentina, acompanhando uma frente fria. “Ao encontrar ar mais quente e úmido sobre o RS, verdadeiro ‘combustível’ para vendavais, nuvens de grande verticalidade se formaram, produzindo o granizo, raios e ventos, com poder de destruição”, explicou ele.

O meteorologista também comentou sobre um dos maiores danos localizados ocorridos em Rosário do Sul, a queda de uma parede inteira do prédio da loja Quero-Quero. Pinto acredita que possa ter acontecido a chamada micro explosão atmosférica, “quando ventos descendentes provenientes de nuvens muitas altas chegam com muita pressão à superfície, causando esse tipo de dano”. Segundo o gerente da unidade, Júlio Alves, a causa do tombamento ainda está sendo apurada por engenheiros da empresa.

Reportagem: Caroline Motta / Gazeta de Rosário
Fotos: Julio Lemos e Rhayza Moreira / Gazeta de Rosário

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