No último dia 11, aconteceu na Câmara de Vereadores de Rosário do Sul, uma reunião com representantes da saúde do município e alguns parlamentares para tratar sobre decisão do Ministério da Saúde, que transforma leitos de UTI Covid-19 para convencionais a partir de fevereiro.
O encontro tratou sobre uma possível reversão da decisão do governo federal, devido às taxas de infecção pela nova variante do coronavírus. A legislação que permitiu a transformação de leitos provisórios da Covid-19 em permanentes está descrita na Nota Informativa 465/2021, do Ministério da Saúde, publicada em 30 de dezembro de 2021 e leva em consideração avanços da cobertura vacinal e a diminuição acentuada de taxas de ocupação para suprir demanda de 6,5 mil leitos convencionais na Rede de Atenção à Saúde do país.
Conforme o provedor do Hospital de Caridade Nossa Senhora Auxiliadora (HCNSA), Agripino Azambuja, presente no encontro, os critérios de distribuição dos leitos seguidos pelo governo incluiriam Rosário do Sul e dois hospitais da região, em Alegrete e Uruguaiana.
O presidente do Legislativo, Rogério Ustra (MDB), disse que o assunto também será levado à União dos Legislativos da Fronteira Oeste (Ulfro), da qual ele é 2º secretário. “Vamos provocar os municípios para fazer defesa política e reverter a situação devido ao aumento de casos de Covid. Por enquanto, o hospital não está sentindo reflexo, pois os sintomas são leves, mas, por precaução, deve permanecer com as mesmas condições por mais um tempo”, pondera ele. Em Rosário, existem duas UTIs: uma Covid-19, com oito leitos, e outra convencional, com mais oito.
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A ação conjunta ainda conta com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, que diz estar recebendo poucos kits de testes Covid-19 por parte do do Estado, situação que deve ser questionada pelo Legislativo junto ao Governo Leite. “Testando mais a população, podemos fazer uma leitura mais clara para tomar decisão em cima de dados”, observa Ustra. Ainda estiveram presentes no encontro os vereadores Alisson Sampaio (PP) e Atheros Cides (PT), e Paulo Quadros, representante da Secretaria Municipal de Saúde.
Foto em destaque: Julio Lemos/Gazeta de Rosário