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Aluno da EsPCEx que morreu por infecção será sepultado em Rosário

O aluno da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas (SP), faleceu na noite de terça-feira (15), vítima de uma infecção generalizada bacteriana, será sepultado em Rosário do Sul neste sábado. O jovem Eduardo Gonçalves Oliveira, 17 anos, era natural de Roraima, norte do país, mas cresceu e possui a maioria dos familiares em Rosário.

Eduardo Oliveira, 17 anos, estudava na EsPCEx há um ano. Foto: Reprodução / Facebook
Eduardo Oliveira, 17 anos, estudava na EsPCEx há um ano. Foto: Reprodução / Facebook

Filho de Adelar Oliveira, militar que hoje serve em Santa Maria, e de Cláudia Oliveira, o jovem também deixa a irmã Vitória. Segundo o tio Rosauro Oliveira, instrutor técnico da Fundação Bradesco, Eduardo estudava desde janeiro desde ano na EsPCEx, e em 2017 iria realizar o curso das Agulhas Negras, em Resende (RJ).

“Era um guri excepcional, muito inteligente. Ele estava em período de provas agora e o próprio professor disse que ele nem precisava fazer os últimos exames, porque não iam fazer falta, já que estava passado de ano. Foi para lá com 17 anos, pra gente uma criança sempre, e se virou sozinho. Era o que ele queria, o sonho dele era ser militar”, contou o tio, emocionado.

O velório do jovem está previsto para a sala dois da Funerária Angelus e seu corpo deveria chegar por volta das 16h de ontem. O sepultamento ocorrerá às 9h da manhã deste sábado, no Cemitério Municipal São Sebastião.

Entenda o caso

Eduardo estava internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Madre Theodora, em Campinas (SP). Segundo informações do site G1, outros seis estudantes foram hospitalizados na mesma unidade com infecção na garganta.

O departamento de comunicação da escola informou que o estudante rosariense tinha suspeita de pneumonia quando os sintomas começaram. Ele foi encaminhado ao hospital havia menos de duas semanas, no dia 5 de novembro, e retornou à enfermaria do Madre Theodora dois dias depois, onde foi medicado. No dia 8 ele teria procurado atendimento médico na própria EsPCEx. No último dia 10 ele foi internado com falta de ar na UTI do hospital. Chegou a ter um quadro de melhora, mas morreu às 23h50 de quarta-feira.

Eduardo teria sido avaliado por infectologistas do hospital e também do Hospital Militar de Área de São Paulo (Hmasp), que confirmaram o diagnóstico de infecção generalizada pela bactéria estafilococos. A escola informou que ele foi afastado das atividades físicas assim que começou a apresentar os sintomas.

Jovem nasceu em Roraima, mas cresceu e possui familiares em Rosário do Sul. Foto: Reprodução / Facebook
Jovem nasceu em Roraima, mas cresceu e possui familiares em Rosário do Sul. Foto: Reprodução / Facebook

Vigilância em Saúde investiga os casos

O G1 também divulgou a informação de que os outros estudantes poderiam estar infectados por febre maculosa, adquirida após uma atividade em área de mata, mas a hipóteses foi desmentida pelo Exército. Agora, a Vigilância em Saúde de Campinas (SP) investiga o caso como suspeita de surto infeccioso. O órgão está fazendo vistorias na escola militar. Resultados de exames também são aguardados.

Segundo a diretora da Vigilância em Saúde, Brigina Kemp, todos os estudantes apresentaram sintomas semelhantes. “Consideramos dengue, [bactéria] estreptococos, que dá infecção na garganta, e um recorte mais remoto que é a febre maculosa”, afirmou ela em entrevista ao G1.

Além dos seis estudantes, um soldado da EsPCEx também está hospitalizado e apresentou sintomas parecidos com os dos alunos. Eles foram hospitalizados na última terça-feira (15), com diagnóstico de amigdalite. Apesar da situação não ser considerada grave, o grupo continua internado no Madre Theodora.

Em nota enviada ao G1, o Comando da EsPCEx afirmou: “Não há conexão entre o fato do aluno falecido com os outros seis alunos recentemente internados e ratifica que não é caso de febre maculosa e que não estavam retornando de acampamento”.

Ao todo, 475 estudantes buscam a formação militar do Exército na unidade.

Escola Preparatória está sendo investigada pela Vigilância Sanitária do município. Foto: Divulgação
Escola Preparatória está sendo investigada pela Vigilância Sanitária do município. Foto: Divulgação

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