De 9 a 16 de janeiro, 1.371 apenados do Rio Grande do Sul inscreveram-se para o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL).
As provas avaliam o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e foram realizadas em 52 estabelecimentos prisionais gaúchos, dentre eles o Presídio Estadual de Rosário do Sul.
Para possibilitar a inscrição dos participantes, as unidades firmaram um termo de adesão com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela aplicação das provas.Além disso, cada local indicou um responsável pedagógico, que acompanha todas as etapas do exame até a divulgação dos resultados.
O Enem PPL tem o mesmo nível de dificuldade do Enem regular. A única diferença está na aplicação, que ocorre dentro de unidades prisionais.No primeiro dia, foram realizadas as provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias, além da Redação. Já no segundo dia os participantes resolveram questões de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias.
A execução das provas seguiu os protocolos de prevenção à covid-19. O uso de máscaras de proteção foi obrigatório, e frascos de álcool em gel foram fornecidos pelos locais. As unidades prisionais trabalharam para higienizar as salas e proporcionar uma boa circulação de ar, além de possibilitar o distanciamento entre os participantes.
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Educar para diminuir reincidência
Em maio do ano passado, foi publicada uma portaria que estabelece diretrizes a serem adotadas nos estabelecimentos prisionais do RS para a redução de pena por meio de práticas sociais educativas aos indivíduos em situação de privação de liberdade. Nesse período, houve um aumento de 46,67% no número de pessoas presas em atividade educacional.
O secretário de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo, Mauro Hauschild, destacou a importância da educação como base das políticas de tratamento penal promovidas pela Secretaria e pela Susepe. “Acreditamos que a educação é uma das formas de diminuir os índices de reincidência e de retorno ao sistema”, disse Hauschild.
Foto em destaque: Divulgação/Susepe