*Por Márcia Solares
O espaço hoje é utilizado para agradecer os quase três anos de convivência, trabalho e aprendizado na empresa que tão bem me acolheu quando retornei a Rosário após dez anos.
Três anos é pouco tempo se compararmos com outros colaboradores que surgiram junto com o Jornal e por aqui ficaram por décadas ou então, aqueles que surgiram, migraram e voltaram. Mas para quem possui uma curta carreira no jornalismo, foram dias de muito trabalho, responsabilidades, erros, acertos, decepção (comigo e com outras pessoas), mas acima de tudo, ter a certeza que escolhi a formação certa: comunicação.
Nada me deixa mais feliz do que estar na rua em contato com o povo. Saber o que pensam, o que querem, o que sonham e o que fazem. Acontece que muitas vezes isso é limitado. Para estar com as pessoas, é preciso que elas queiram isso também. Hoje em dia precisamos ir contra o tempo, sermos ágeis na busca da informação com credibilidade e ao fechar uma edição, iniciar a próxima. É assim, jornalista, nunca para. Agora, preciso parar.
São diversos motivos que fizeram com que eu chegasse a essa difícil decisão, mas com certeza o maior deles não fará eu me arrepender: minha filha. As responsabilidades que ser mãe traz são pesadas demais para que eu divida o meu tempo com o jornalismo. Os dois me exigem muito. Quando escolhi minha profissão já sabia disso. Quando decidi ser mãe não imaginava que eu precisaria e que iria querer me doar tanto.
Para algumas pessoas estou sendo primata, radical, mas sou assim: ou consigo assumir um compromisso e me responsabilizar por aquilo ou admito que não irei conseguir. Estou reconhecendo meus limites e isso me deixa muito feliz: sinceridade comigo e com quem aposta em mim.
Amo minha profissão e buscarei estar em contato com ela, de uma forma ou de outra, mas amo mais ainda minha filha, a quem sou responsável desde o momento em que ela nasceu dentro de mim.
Utilizo este espaço para agradecer a todos, colegas, direção e colaboradores do Jornal Gazeta de Rosário por confiarem em mim. Aos inúmeros entrevistados, fontes com quem tive contato e conheci nesse tempo. Aos que me receberam de portas abertas e aos que me receberam com a expressão fechada (sinal de que estava fazendo bem meu trabalho). Nos encontramos por Rosário: até breve!
