A palavra “brincadeira” remete ao ato de divertir-se, entreter-se, distrair-se. Tal atitude pode ser praticada individualmente ou de forma coletiva e é considerada por muitos imprescindível para o bem estar, estimulando diversas reações no ser humano que contribuem para o seu desenvolvimento. No entanto, para tudo existe um limite e nem toda brincadeira é saudável. Prova disso é o já famoso “bullying”, que tem sido tão debatido recentemente, mas acontece há muito mais tempo.

Outro exemplo de ultrapassagem da linha da ofensa é o também famigerado trote. Usado para designar as peças pregadas naqueles que estão para iniciar alguma etapa da vida, é igualmente o ato de enganar pessoas para rir de suas reações. Deixando de lado o politicamente correto, pois é de conhecimento geral que praticamente toda criança já fez esse tipo de brincadeira, deve-se deixar claro para as mesmas o quanto isso pode ser prejudicial. Muitas vezes não passa de uma ligação que incomoda os donos do telefone, mas outras, e dependendo do local para onde a chamada está sendo feita, pode gerar consequências muito mais graves.

Foi o que aconteceu na tarde do último domingo (03), quando agentes da Polícia Rodoviária Federal de Rosário do Sul, juntamente com colegas de cidades da região, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e voluntários trabalharam cerca de duas horas em mobilização por um acidente que, na verdade, não havia acontecido. Como abordado na edição passada da Gazeta de Rosário, um homem – que foi devida e justamente identificado após – pedia ajuda de forma desesperada, devido a um acidente que teria pelo menos quatro vítimas.

Tal informação colocou um grande efetivo em alerta, ocasionando a perda de um tempo que poderia ser utilizado para auxiliar pessoas que realmente precisassem. Como prega o ditado popular, não é mais engraçado quando somente um está rindo. Muito menos se o que está em jogo é a vida.