Professores da rede pública estadual de Rosário do Sul participaram de formação pedagógica sobre o Sistema de Escrita Braille. A atividade, realizada na primeira quinzena do mês, foi destinada para que professores possam atuar em parceria com a Sala de Recursos disponível no município. Reunidos na EEEF Padre José de Anchieta, o grupo ampliou o conhecimento em prol da inclusão.
Durante a formação pedagógica, a educadora especial da 19ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) Carolina Bittencourt do Espírito Santo, falou sobre o surgimento da escrita Braille, apresentou atividades psicomotoras para introdução na rotina escolar do aluno com deficiência visual e aplicou exercícios que envolvessem o grupo de forma dinâmica.
O sistema Braille é utilizado por pessoas cegas e de baixa visão. Consiste em um processo de escrita e leitura baseado em 64 símbolos em relevo, resultantes da combinação de até seis pontos dispostos em duas colunas de três pontos cada. Nele podem ser feitas a representação letras, números e sinais de pontuação.
A educadora especial Santo explica que atua em parceria com as professoras das séries regulares para auxiliar no planejamento individualizado do aluno. “As necessidades e potencialidades dele (aluno) devem ser consideradas para a execução de um bom trabalho”, afirma.
O Curso de Capacitação é promovido pela Secretaria de Educação do Estado. O próximo encontro está previsto para agosto e tem como tema o autismo.
Sala de Recursos
A Sala de Recursos da escola Padre José de Anchieta é uma das pioneiras no Estado e funciona desde 2009. Desde então, já passou por diferentes etapas: classe especial, sala de recursos para deficientes mentais e hoje sala de recursos multifuncional. Funciona em turno integral e tem o papel de atender alunos independentemente da sua condição física, sensorial ou intelectual.
A instituição não possui alunos cegos ou com baixa visão, mas atende 27 alunos com algum outro tipo de necessidade especial. Já a escola Carolina Argemi possui alunos cegos e as escolas Nossa Senhora do Rosário e Ruy Ramos atendem crianças com baixa visão.
Diferente do que muitos pensam, o foco do trabalho nas Salas de Recursos disponíveis em algumas escolas não é clínico, é pedagógico. Nesses espaços, um professor capacitado prepara o aluno para desenvolver habilidades e utilizar instrumentos de apoio que facilitem o aprendizado nas aulas regulares. Com o foco definido, o professor volta a atenção para o essencial: proporcionar a adaptação dos alunos para a sala comum.