O cartunista Rafael Corrêa, de Rosário do Sul, está com um novo projeto em vista. O artista trabalha na produção e lançamento do seu livro “Até Aqui Tudo Bem”. Para isso, uma campanha no Coletivo Catarse foi criada no intuito de arrecadar fundos para viabilizar a obra. A meta para que o projeto seja colocado em prática é de R$ 35 mil. Até o momento, cerca de R$ 16 mil já foi doado. As contribuições podem acontecer até o próximo dia 20 de julho.
Corrêa, 41 anos, acumula diversos prêmios por seus desenhos, que englobam histórias em quadrinhos, tirinhas e cartuns. Sempre bem humorado, ele aborda assuntos triviais do cotidiano, mas também questões políticas e sociais da atualidade. Recentemente, foi o homenageado da 14ª edição do Cartucho – tradicional reunião de cartunistas gaúchos e convidados em Santa Maria.
O rosariense reside em Porto Alegre, mas seu trabalho já ganhou o mundo, sendo reconhecido em países como Estados Unidos, China e Espanha. Outro projeto recente que vem ganhando destaque é o “Memórias de um Esclerosado”, que retrata a vida do próprio Corrêa no enfrentamento da esclerose múltipla, doença que o acomete.
Agora, o livro “Até Aqui Tudo Bem” busca reunir diversas obras desse artista, além de material inédito. “O livro vai ter 224 páginas, totalmente colorido, e vai ser uma coletânea dos últimos dez anos da minha carreira”, diz ele, em vídeo de apresentação da campanha. “Além de vocês fazerem o livro acontecer, vocês podem ganhar ainda várias recompensas. Caso o projeto não aconteça, o dinheiro vai ser devolvido”, completa.
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Até esta segunda-feira (25), R$ 16.185 foram arrecadados, com participação de 157 pessoas, através do link catarse.me/ateaquitudobem. O montante corresponde a 46% do total desejado, com 25 dias restantes para a realização de doações. Se alcançado, o valor será usado para financiar a impressão do livro e pagar as pessoas que estão diretamente envolvidas na publicação.
Quem contribui tem direito a um exemplar da obra garantido e entregue onde o colaborador desejar. Além dessa, são oferecidas outras recompensas, como postal e adesivos, outros livros do autor e camisetas, bem como um mini-curso de cartum e história em quadrinhos em Porto Alegre.
“Todos sabemos que viver de arte é cada vez mais difícil. Viver de produção intelectual onde 90% da audiência está na internet é praticamente inviável. São plataformas como o Catarse e outras de financiamento contínuo que permitem que possamos viver de produção intelectual sem morrer de fome”, argumenta o autor, na página da campanha. “Dessa forma você pode contribuir diretamente e de forma efetiva para que eu possa continuar fazendo piadas engraçadas (outras nem tanto)”, conclui ele, sem deixar de lado seu bom humor característico.
Reportagem: Caroline Motta / Gazeta de Rosário
Foto em destaque: Mariana Villa Real / Divulgação