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Conselho Monetário muda regras do rotativo do cartão de crédito

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou no dia 25 de janeiro a edição de novas regras para o pagamento do cartão de crédito. O objetivo seria de evitar o superendividamento e levar a uma redução dos juros cobrados. A partir deste ano o pagamento mínimo, como é conhecido o crédito rotativo, terá limites.

Anunciada pelo presidente da República, Michel Temer, em dezembro do ano passado, a medida foi definida pelo CMN, órgão responsável por garantir a organização do sistema financeiro. As operadoras de cartão terão até 3 de abril para se adaptar e começar a oferecer o novo parcelamento.

Segundo o Banco Central, as instituições financeiras poderão oferecer um prazo máximo de 30 dias no pagamento rotativo do cartão de crédito. Depois desse período, o consumidor tem duas opções: pagar o saldo devedor à vista ou parcelar em até 24 meses.

Com a redução do prazo, o governo espera que a taxa de juros praticada pelos bancos no crédito rotativo caia pela metade. Os juros do cartão de crédito podem superar os 400% ao ano e as linhas de crédito pessoal têm juros muito inferiores a essas. Confira análise sobre a mudança em artigo abaixo.

Fonte: Banco Central

Nova regra no rotativo do cartão de crédito – veja cuidados que consumidor deve tomar

Foi aprovada na noite de quinta-feira (26), pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a norma que limita a 30 dias a permanência do consumidor no rotativo no cartão de crédito. Após esse prazo, se a dívida não for quitada, as instituições financeiras deverão oferecer financiamento do saldo devedor com juros menores do que os do rotativo – que fechou dezembro em 484,6% ao ano – eliminado a possibilidade de seguir pagando o valor mínimo da fatura.

Para o consumidor, a mudança é positiva, pois deve minar a famosa “bola de neve” dos juros do rotativo. Entretanto, este não deve ser um incentivo para que se pague apenas o mínimo da fatura. Afinal, estar endividado no cartão de crédito não é um problema desde que haja condições de honrar o pagamento mensal; do contrário, acaba-se entrando na inadimplência.

Os bancos e instituições financeiras têm até 3 de abril para se adequar às mudanças. O Governo anunciou também a pretensão de reduzir os juros do cartão de crédito neste primeiro trimestre de 2017 e já autorizou a cobrança de preços diferentes para o mesmo produto ou serviço de acordo com a forma de pagamento, na intenção de estimular a competição entre os meios de pagamento.

A decisão é positiva, afinal os juros do rotativo são exorbitantes. No ano passado a dívida dos brasileiros nesta modalidade chegou aos R$ 34,5 bilhões, segundo o Banco Central. Entretanto, meu maior receio é que a mudança incentive os consumidores a pagar apenas o mínimo do cartão de crédito, algo que nunca deve ser feito. Havendo necessidade, é indicado buscar outras linhas de empréstimos com juros menores.

Quem chegou a esse ponto precisa fazer, imediatamente, um diagnóstico financeiro, rever sua situação e se educar financeiramente para combater a verdadeira causa do problema. O descontrole financeiro tem origem nos hábitos e comportamentos, portanto é preciso, em primeiro lugar, mudar as atitudes para sair desta situação. Acredite, não basta trocar uma dívida pela outra.

O cartão de crédito é uma excelente ferramenta para quem sabe aproveitar seus benefícios, como serviços de milhagens e prêmios. Porém, se não for utilizada com consciência pode promover compras por impulso, é preciso ter responsabilidade na hora de consumir. É importante que as dívidas no cartão de crédito não ultrapassem 30% do salário ou ganho mensal, justamente para evitar o descontrole financeiro.

*Reinaldo Domingos – Doutor em educação financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira

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