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Fala de ministro sobre o SUS repercute entre representantes da área

A fala sobre os problemas do SUS e sua culpa no controle da pandemia feita pelo ministro Queiroga, repercutiu entre representantes da área.

Conforme reportagem do UOL assinada por Carlos Madeiro, mesmo combalido por consecutivas reduções de verba, o SUS (Sistema Único de Saúde) funcionou bem como uma rede de proteção, garantindo a pessoas pobres com Covid-19 um atendimento em hospitais.

Um dos cinco especialistas ouvidos pelo portal de notícias foi o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, de Rosário do Sul. Segundo ele, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, precisa conhecer mais o SUS e reconhecer que o sistema tem salvado vidas.

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Pigatto diz que, apesar dos problemas orçamentários e do sucateamento, o SUS tem acumulado avanços ao longo dos anos. “Ele não pode desconsiderar esses avanços. Exigimos que o ministro respeite e ajude a fortalecer o SUS, inclusive pautando no seu governo o fim da emenda constitucional 95 [que criou um teto de gastos por 20 anos] no Congresso, fazendo com que o SUS seja fortalecido”, pontua.

A declaração de Queiroga foi dada em audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, na quarta-feira, dia 26. Na fala, ele disse que parte dos resultados negativos da pandemia “decorre das carências do nosso sistema de saúde”. O SUS completou 30 anos em setembro de 2020. Ele foi criado pela Constituição de 1988, ampliando os serviços públicos de saúde a todos os brasileiros —antes restrito apenas aos trabalhadores com carteira assinada.

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NÚMEROS – Atualmente, 7 em cada 10 brasileiros dependem exclusivamente do SUS para tratamento, segundo dados do IBGE —o que significa cerca de 150 milhões de pessoas. Somente entre maio de 2020 e março de 2021, o sistema pagou pelo tratamento em hospitais de 735 mil pessoas com Covid-19. A reportagem do UOL não encontrou dados de quantos pacientes se internaram de forma particular ou por planos de saúde. Cada internação teve uma média de 8,1 dias (entre enfermaria e UTI) e custou R$ 4.800 por paciente. Os dados são do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, do Ministério da Saúde.

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