Familiares e amigos de Rogers de Medeiros Aires, encontrado morto em uma cela do presídio estadual de Rosário do Sul, realizaram manifestação.
Com vários cartazes e balões pretos, o grupo saiu da região do presídio chamando a atenção dos pedestres e moradores da região. Com gritos de “Queremos Justiça”, “Queremos resposta” , “preso tem família” e “troca a direção”, o grupo foi até a frente do Fórum da cidade onde, mesmo com chuva, seguiram a manifestação. Embora o ato, não houve manifestação da direção da Comarca da cidade aos familiares de Aires.
Os familiares de Rogers cobram respostas, já que tentaram por todas as instâncias buscar uma prisão domiciliar a ele que estava recolhido no local desde janeiro. Ele era diabético e estava com depressão, e já havia perdido cerca de 40kg. A prisão domiciliar foi negada pela justiça. Na manhã do dia 29 ele foi encontrado morto, após ter supostamente praticado suicídio.
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A filha mais velha de Rogers acompanhou a manifestação e falou à Gazeta: “Ninguém baixou ali para falar conosco mas eles estavam escutando tudo”, disse a jovem.
O grupo expôs as carências urgentes na casa prisional que devem ocorrer, incluindo a diminuição de superlotação. “É necessário, para que todos saibam, que essa nossa manifestação não é para que todos saiam livres sem pagar os erros que cometeram, mas sim cumprirem com o que tanto a lei diz de “ressocializar” eles, coisa que sabemos que na prática isso provavelmente não irá acontecer”, e seguiram: “ Já que lá dentro com uma cela que deveria compor 4 pessoas chega a ter mais do que 13 presos, onde deveria de ter uma alimentação digna não existe”, complementando que “a mesma cela que existe grande quantidade de preso eles devem ficar esperando uns aos outros comer já que se tem 2 colheres é muito! infelizmente essa é a realidade do sistema prisional, que para uma cidade “pacata” e um presídio pequeno, são coisas que não deveriam acontecer”, relataram outros familiares.
Foto: Julio Lemos/Especial Gazeta de Rosário
