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Operação Avante Rural terminou, mas Força Tarefa permanece

No dia 13 de dezembro os Sindicatos Rurais da região e a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) enviaram uma carta oficial ao governador do Estado, José Ivo Sartori (PMDB), externando preocupação com o término da Operação Avante Rural da Brigada Militar e da Força Tarefa de Combate aos Crimes Rurais e ao Abigeato da Polícia Civil. A suspensão das atividades estava marcada para a última sexta-feira (23). Em contato com os órgãos de segurança, a Gazeta foi informada que o término da Força Tarefa foi prorrogado, mas que a Avante encerrava na quinta-feira (22). Esta última poderá retornar no próximo ano, a depender das verbas do Estado.

“O trabalho desenvolvido pelas forças policiais, cada uma com a sua operação voltada ao combate do crime do campo, já apresentam resultados positivos e não poderiam ser desativadas. Esta preocupação justifica-se principalmente neste período de final de ano, momento em que reduz drasticamente o efetivo das forças policiais, nos municípios do interior, em função de outras operações a exemplo da Operação Golfinho”, diz a carta assinada pelos Sindicatos de Rosário do Sul, de Santana do Livramento, de Alegrete, de Dom Pedrito, de Santiago, Unistalda e Capão do Cipó, de São Francisco de Assis, de São Gabriel, de Cachoeira do Sul, de Santo Antônio das Missões, de Barra do Quaraí, de São Sepé, de São Vicente de Sul e por Francisco Shcardong, diretor da Farsul.

Outro fator ressaltado pela carta é o aumento de abigeatos devido ao grande consumo de carnes neste período do ano, o que colocaria em risco a saúde da população devido à falta de inspeção dos produtos, que podem transmitir zoonoses, além de conter resíduos de tratamentos veterinários sem respeitar os períodos de carência, “que podem inclusive provocar carcinomas”. Em relação a isso, o delegado Adriano Linhares, comandante da Força Tarefa, afirma que a intenção é de não suspender as atividades nem mesmo nos feriados de fim de ano.

Os presidentes de Sindicatos e o público presente ainda deram como sugestão a criação de uma Delegacia de Polícia Civil especializada no combate aos crimes do campo, como forma de fortalecer o trabalho que iniciou com a Força Tarefa.

Auxílio dos produtores

Em contato com o presidente do Sindicato Rural de Rosário, Ayrton Marçal, a Gazeta foi informada que as entidades da região, juntamente à Associação dos Arrozeiros do município, criaram um fundo para arrecadar recursos e ajudarem nas despesas das operações, em especial a Força Tarefa. Segundo ele, cerca de R$ 6 mil são repassados pelo Grupo de Apoio à Polícia Civil (GAPC) à Operação mensalmente, para ajudar na manutenção de veículos, nos materiais de expediente, nos gastos com animais, entre outros.

Marçal também salienta a importância dos produtores registrarem os crimes de que são vítimas e de repassarem informações à Força Tarefa, o que auxilia na investigação dos casos. Segundo ele, esses números são imprescindíveis para que se tenham uma noção da realidade dos crimes na região, bem como para reivindicar ações por parte das autoridades. O presidente reforça ainda que esses dados podem ser passados ao Sindicato Rural, garantindo o anonimato do denunciante.

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